Venezuelanos votam em 2024: Maduro enfrenta desafio de González

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
- em
Bandeira da Venezuela urna eleitoral símbolos de dificuldades econômicas

São PauloVenezuelanos votam neste domingo em uma eleição crucial. Nicolás Maduro, 61 anos, busca a reeleição. O país enfrenta muitos problemas econômicos e agitação social. A oposição apoia Fernando González, novato na política. Ele foi escolhido depois que María Corina Machado, mais popular, foi barrada pela Suprema Corte controlada por Maduro.

Machado contava com forte apoio da oposição, o que se refletiu na vitória esmagadora nas primárias de outubro, com mais de 90% dos votos. Após ser impedida, Machado inicialmente escolheu um professor universitário como substituto, mas as autoridades venezuelanas também bloquearam essa candidatura. Por fim, González foi escolhido em cima da hora.

Nicolás Maduro tem 61 anos. Fernando González é um novo nome na política. A candidata da oposição Maria Corina Machado foi impedida de concorrer.

Maduro está à frente da Venezuela há quase dez anos. Nesse período, a situação econômica piorou. A indústria do petróleo, que já foi próspera, agora enfrenta dificuldades. Há uma inflação alta e várias faltas de produtos, levando muitos a deixarem o país. Sanções dos EUA durante o governo de Trump agravaram ainda mais o cenário. Com a eleição se aproximando, Maduro percorreu o país, prometendo melhorar a economia.

Caracas tem visto uma certa melhora econômica recentemente. O Fundo Monetário Internacional prevê que a economia da Venezuela cresça 4% este ano, após encolher 71% de 2012 a 2020. No entanto, a maioria dos venezuelanos ainda enfrenta grandes dificuldades. Muitos ganham menos de US$ 200 por mês, enquanto os bens básicos custam muito mais.

O FMI prevê que a economia da Venezuela crescerá 4% este ano. No entanto, a maioria das pessoas no país ganha menos de $200 por mês, enquanto o custo dos itens básicos para uma família de quatro pessoas é de cerca de $385.

González e Machado concentraram suas campanhas nas áreas rurais, onde a recuperação econômica observada em Caracas não se manifestou. Eles prometem gerar empregos e buscam repatriar venezuelanos que emigraram. Uma pesquisa da Delphos em abril indicou que cerca de um quarto dos venezuelanos pode deixar o país se Maduro vencer.

A campanha de Maduro contou com comícios animados, repletos de música e discursos. No entanto, ele foi criticado por afirmar que poderia haver violência caso perdesse a eleição. Mais tarde, seu filho declarou que o partido no poder entregaria o poder pacificamente em caso de derrota.

Ambas as campanhas focam no que os eleitores desejam e temem. Maduro fala sobre sucesso nos negócios e ter uma renda estável. Já González pretende utilizar o descontentamento da população com Maduro para enfatizar a criação de empregos e a reunificação das famílias.

No domingo, eleitores decidirão os rumos da Venezuela. A escolha é crucial pois impactará a economia e a situação política do país.

Mundo: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário