Vaticano debaterá novos papéis para mulheres na Igreja Católica

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Por Bia Chacu
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Altar da igreja e símbolos do empoderamento feminino.

São PauloO Vaticano está elaborando um documento sobre a liderança das mulheres na Igreja Católica. A iniciativa surge após um encontro de três anos promovido pelo Papa Francisco. Esse diálogo revelou que muitos católicos, sobretudo as mulheres, desejam mais participação na igreja. As mulheres desempenham papéis essenciais em escolas, hospitais e na educação da fé, mas frequentemente sentem que são vistas como menos importantes em uma instituição onde apenas homens podem ser padres.

Papa Francisco reafirmou que as mulheres não podem ser padres. Entretanto, ele nomeou várias mulheres para cargos importantes no Vaticano e incentivou discussões sobre maior participação feminina. As mulheres também ganharam o direito de votar em propostas durante o sínodo, um privilégio antes reservado apenas aos homens.

Francisco foi questionado sobre a possibilidade de mulheres terem funções ministeriais e, por isso, formou dois grupos para estudar se elas poderiam se tornar diáconas. Diáconos podem realizar casamentos, batismos e funerais, mas não podem celebrar a Missa. Os resultados desses grupos não foram divulgados. Recentemente, Francisco respondeu "não" quando perguntado se mulheres poderiam ser diáconas no futuro.

O cardeal Victor Manuel Fernandez e o Escritório de Doutrina do Vaticano estão elaborando um novo documento sobre os papéis das mulheres, baseado nas discussões do sínodo.

Aqui estão os pontos principais:

  • As mulheres desejam mais papéis de liderança na Igreja.
  • O Papa Francisco reafirmou a proibição de mulheres sacerdotes.
  • As mulheres receberam o direito de voto no sínodo.
  • Duas comissões estudaram a questão das diáconas, mas os resultados não foram publicados.
  • Está sendo preparado um documento sobre os papéis das mulheres pelo Escritório de Doutrina.

Papa Francisco tem se esforçado para incluir mulheres em posições de tomada de decisão. Esta é uma mudança significativa, embora não envolva a ordenação de mulheres como sacerdotes. O escritório doutrinário analisará questões sobre os papéis das mulheres na Igreja.

Outro grupo está investigando a inclusão de pessoas LGBTQ+ na igreja. Inicialmente, os documentos da igreja mencionavam a necessidade de acolher melhor os católicos LGBTQ+. No entanto, ao final, não abordaram diretamente a homossexualidade. Em vez disso, afirmaram apenas que pessoas marginalizadas devido à sua situação matrimonial, identidade ou sexualidade desejam ser ouvidas e ter sua dignidade protegida.

Os grupos de estudo continuarão trabalhando após a reunião de outubro. Isso significa que os resultados finais podem não ficar prontos este ano. O novo documento mostra que o Vaticano está disposto a discutir questões complexas, mas também indica que eventuais mudanças levarão tempo e serão feitas com cuidado.

Francisco está tentando tornar a igreja mais acolhedora. Ele manteve a proibição de mulheres sacerdotes, mas deu a elas papéis importantes e deseja que participem das decisões da igreja. Isso demonstra seu esforço em respeitar a tradição enquanto caminha rumo a um futuro mais inclusivo.

O próximo documento será crucial para compreender a resposta da Igreja Católica às demandas por uma maior presença feminina em posições de liderança. Este documento provavelmente influenciará a forma como a Igreja interage com mulheres e grupos marginalizados no futuro.

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