EUA criticam ações militares de Israel e pedem investigação independente

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Por Ana Silva
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Prédios danificados em Gaza com sinais de aviso nas proximidades.

São PauloOs Estados Unidos estão cada vez mais descontentes com as ações militares de Israel em Gaza. Há uma crescente preocupação com o impacto dessas ações sobre os esforços de ajuda humanitária e a segurança dos civis. Recentemente, um ataque aéreo atingiu um prédio suspeito de ser usado pelo Hamas, resultando em mortes de membros do grupo que supostamente também trabalhavam com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu uma investigação independente sobre esses eventos.

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, ressaltou que Israel deve proteger os trabalhadores humanitários e instalações como o abrigo da UNRWA. Os EUA estão muito preocupados com a morte da ativista turco-americana Aysenur Eygi, que foi morta durante um protesto na Cisjordânia. As Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram que podem ter matado Eygi acidentalmente e iniciaram uma investigação criminal sobre o incidente.

Segundo Thomas-Greenfield, os Estados Unidos estabeleceram diversas expectativas para as forças armadas israelenses:

  • Implementar mudanças fundamentais nas regras de engajamento
  • Garantir que as operações militares não entrem em conflito com atividades humanitárias
  • Evitar o ataque a instalações civis, como escolas e hospitais
  • Abster-se de disparar contra veículos da ONU claramente identificados

Thomas-Greenfield afirmou que o Hamas complica a situação ao utilizar áreas residenciais para fins militares. Isso ressalta a necessidade urgente de um cessar-fogo e de um acordo para a liberação dos reféns em Gaza. O Secretário de Estado, Antony Blinken, visitará o Egito para contribuir com esse plano. Os Estados Unidos estão colaborando com países como Egito e Catar para encontrar uma solução, mesmo que isso exija decisões políticas difíceis de todas as partes envolvidas.

No Conselho de Segurança da ONU, a situação humanitária em Gaza foi descrita como muito grave. Sigrid Kaag, a coordenadora sênior da ONU para esforços humanitários e de reconstrução em Gaza, afirmou que a área está extremamente difícil de se habitar. Relatórios indicam que mais de 41.000 palestinos foram mortos durante a ofensiva de Israel. Os principais obstáculos para o trabalho humanitário são a falta de ordem, os confrontos contínuos e as restrições israelenses que atrasam e bloqueiam o acesso à ajuda.

Os EUA estão apelando a todos os membros do conselho que têm influência sobre o Hamas para que rapidamente concordem com um cessar-fogo e a libertação dos reféns. Thomas-Greenfield afirmou que ambas as partes precisam de vontade política e disposição para compromissos para que um acordo seja alcançado. A piora da situação humanitária torna essas negociações extremamente urgentes.

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