Agência da ONU enfrenta dilema sobre mineração submarina e preocupações ambientais

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Por Bia Chacu
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Equipamento de mineração robótica no fundo do oceano em meio à vida marinha.

São PauloUm grupo das Nações Unidas está revisando normas para a mineração em águas profundas, despertando preocupações crescentes de grupos ambientalistas. Eles estão focados principalmente na Zona de Fratura Clarion-Clipperton, uma extensa região entre o Havaí e o México, cobrindo 4,5 milhões de quilômetros quadrados. Essa mineração ocorreria em profundidades de 4 a 6 mil metros abaixo da superfície.

Pontos principais do debate incluem como a mineração em águas profundas pode prejudicar a vida marinha, seus impactos nos processos oceânicos que controlam o clima e armazenam carbono, a possível liberação de ruído, luz e poeira, além do desafio de atender às demandas por recursos para a tecnologia sustentável enquanto se protege o meio ambiente.

Apoiadores da mineração submarina argumentam que ela é mais barata e causa menos impacto ambiental do que a mineração terrestre. A Metals Company, uma empresa canadense, está pronta para solicitar permissão para começar a minerar sob novas regulamentações. Eles entendem que a demanda por metais como cobalto, níquel e cobre, essenciais para baterias de carros elétricos e outras tecnologias verdes, torna indispensável a exploração desses recursos do fundo do mar.

O código de mineração em análise precisa de melhorias. Olivier Guyonvarch da França destacou que há muito trabalho a ser feito. Elza Moreira Marcelino de Castro do Brasil solicitou informações mais claras sobre responsabilidade e detalhes sobre um fundo de compensação ambiental.

A demanda por tecnologias verdes, como carros elétricos e energia renovável, está crescendo. Isso aumenta a necessidade de minerais encontrados em leitos marinhos. Tanto empresas quanto países precisam desses materiais para atingir metas climáticas e construir tecnologias sustentáveis. No entanto, é crucial não ignorar os possíveis efeitos ambientais a longo prazo.

Críticos afirmam que as regras atuais talvez não protejam adequadamente essas áreas submarinas frágeis. Cientistas destacam que os minerais das profundezas oceânicas levam milhões de anos para se formarem. A perturbação desses minerais pode causar problemas a longo prazo, como ruídos, distúrbios de luz e nuvens de sedimentos que podem prejudicar a vida marinha e seus habitats.

O conselho da ONU discutirá o assunto por duas semanas. Em seguida, realizarão uma reunião para escolher um novo secretário-geral. Esse processo é extremamente importante pois os resultados impactarão tanto a indústria quanto o equilíbrio ecológico do planeta. Este é um exemplo de como a tecnologia influencia o cuidado ambiental.

É um problema complexo. Precisamos de minerais para tecnologias verdes, mas a extração desses minerais pode prejudicar os ecossistemas marinhos profundos, fundamentais para o controle do clima e a sustentação da vida marinha. A decisão da ONU sobre as regras de mineração deverá equilibrar cuidadosamente essas duas necessidades.

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