Rival de Netanyahu deixa guerra: impactos para PM e Gaza

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Por João Silva
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Sala de reunião governamental vazia com uma bandeira de Israel.

São PauloBenny Gantz, uma figura central no Gabinete de Guerra de Israel, renunciou. Esta decisão afeta o primeiro-ministro Netanyahu e o conflito em curso em Gaza. Com o passar do tempo, a frustração entre os israelenses aumentou. Muitos, incluindo Gantz, estão insatisfeitos com a falta de progresso na repatriação de prisioneiros e na obtenção de um acordo de cessar-fogo. Eles sentem que Netanyahu prioriza sua sobrevivência política em detrimento dos interesses do país.

Gantz tem ganhado mais popularidade desde o início da guerra. No mês passado, ele alertou Netanyahu que deixaria o governo no dia 8 de junho se Netanyahu não apoiasse um plano completo. O plano incluía vários pontos importantes.

  • Retorno de reféns
  • Fim do domínio do Hamas
  • Desmilitarização da Faixa de Gaza
  • Estabelecimento de uma administração internacional em Gaza
  • Normalização das relações com a Arábia Saudita
  • Ampliação do serviço militar para todos os israelenses

Netanyahu não aprovou o plano, então Gantz renunciou. Gantz afirmou que o gabinete estava lento e hesitante por causa da política. Agora, ele volta a ser o líder da oposição no parlamento israelense.

As ações de Gantz não ameaçam de imediato Netanyahu, que ainda mantém a maioria no parlamento com 64 de 120 assentos. No entanto, Gantz pediu para que as eleições sejam realizadas no outono. Ele também instou o Ministro da Defesa, Yoav Gallant, outro membro do Gabinete de Guerra, a renunciar.

A saída de Gantz do governo elimina uma voz moderada do grupo de extrema-direita. Seu partido, Unidade Nacional, havia se juntado ao governo após o ataque do Hamas para demonstrar solidariedade. Agora, sua saída fortalece os ministros ultranacionalistas de Israel. Esses ministros, como Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, não apoiam nenhum acordo de cessar-fogo. Eles querem remover os palestinos de Gaza e reinstaurar os assentamentos israelenses.

O plano dos EUA para um cessar-fogo possui várias etapas.

  • Liberação gradual de reféns em Gaza
  • Troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel
  • Aumento da ajuda humanitária para Gaza
  • Retirada das forças israelenses do território
  • Esforço de reconstrução

Os membros da coalizão de extrema-direita de Netanyahu declararam que se retirarão se Israel interromper suas ações militares em Gaza. Caso isso ocorra, o governo pode desmoronar e novas eleições podem ser convocadas. Nesse cenário, Netanyahu enfrentaria um forte oponente: Gantz.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu ao Hamas que aceitasse o plano de cessar-fogo. Ele mencionou que a votação do Conselho de Segurança da ONU mostrou um forte apoio internacional à iniciativa. Com a influência de Gantz na política israelense, as decisões de Netanyahu nos próximos dias serão cruciais para o futuro do conflito e sua sobrevivência política.

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