Diplomata sueco libertado do Irã relata experiência surreal

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Por Bia Chacu
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Celebração noturna no aeroporto com bandeiras e balões

São PauloO diplomata sueco Johan Floderus falou sobre ter sido mantido prisioneiro no Irã por dois anos. Ele descreveu sua libertação como uma sensação muito estranha. Floderus foi detido junto com o cidadão iraniano-sueco Habib Chaab. Eles foram trocados por Hamid Nouri, um funcionário iraniano condenado na Suécia.

Floderus foi recebido no aeroporto pelo Primeiro-Ministro sueco Ulf Kristersson. O Primeiro-Ministro declarou que a situação era muito difícil. Omã auxiliou na libertação de Floderus. Omã tem frequentemente atuado como mediador em negociações entre o Irã e países ocidentais.

Aqui estão os pontos principais:

  • Johan Floderus foi detido no Irã por 2 anos.
  • A troca foi mediada por Omã.
  • O Primeiro-Ministro sueco o recebeu no aeroporto.
  • Hamid Nouri foi trocado por dois cidadãos suecos.

Floderus foi visto em um vídeo no aeroporto, ajoelhado e pedindo sua noiva em casamento. Ao fundo, estava o Primeiro-Ministro Kristersson. Isso aconteceu durante o Eid al-Adha, um feriado muçulmano que às vezes inclui a libertação de prisioneiros.

Hamid Nouri foi preso na Suécia em 2019 enquanto visitava o país como turista. Posteriormente, ele foi condenado à prisão perpétua por um tribunal em Estocolmo. Isso pode ter levado às detenções de Floderus e Chaab. As autoridades iranianas frequentemente detêm pessoas com conexões estrangeiras para usá-las como moeda de troca.

Em 2022, descobriu-se que Nouri estava trabalhando como assistente do vice-procurador na prisão de Gohardasht, perto de Karaj, no Irã. Ahmadreza Djalali, um especialista sueco-iraniano em medicina de desastres, não fazia parte do acordo de troca.

Djalali está preso no Irã desde 2016. Um grupo da ONU classificou sua detenção como injusta. Ele está na Prisão de Evin, em Teerã. As autoridades iranianas o condenaram por acusações graves em 2017. Ele pode ser executado.

Djalali enviou uma mensagem de áudio ao Primeiro-Ministro Kristersson através da emissora sueca SVT. Na mensagem, ele disse sentir-se abandonado. Ele questionou o motivo de ter sido deixado de lado apesar de enfrentar a execução. Djalali também mencionou que está preso há mais de 3.000 dias.

A situação continua tensa, com Djalali detido. O Irã tem um longo histórico de prender pessoas por motivos políticos. Embora o Irã negue oficialmente manter prisioneiros para negociações, diversas trocas de prisioneiros mostram o contrário.

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