Coalizão histórica define novo governo na África do Sul

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Por João Silva
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Símbolos políticos sul-africanos unidos atrás da bandeira.

São PauloPartidos políticos sul-africanos finalizam pacto de coalizão governamental

Os partidos políticos da África do Sul concluíram a definição de papéis em uma nova coalizão de governo. O Congresso Nacional Africano (ANC) e a Aliança Democrática (DA) são as maiores legendas nesta coligação. O ANC tem sido o partido governista e a DA o principal partido de oposição há muitos anos. As negociações foram difíceis e quase não chegaram a um acordo, mas uma reunião de última hora entre o Presidente Cyril Ramaphosa e o líder da DA, John Steenhuisen, salvou o pacto.

Nas recentes eleições nacionais, muitos sul-africanos decidiram não apoiar o ANC devido ao descontentamento com a pobreza, a alta desigualdade e o desemprego. Ramaphosa afirmou que o governo de coalizão vai se concentrar nesses problemas.

O novo governo inclui 11 partidos. O ANC chamou-o de um governo de unidade nacional, e qualquer um dos 18 partidos no Parlamento pode se juntar. No entanto, alguns partidos optaram por não participar. Esta coalizão é inédita na África do Sul. O país teve uma breve coalizão no final do apartheid, mas naquela época era diferente. Após a primeira eleição multirracial, o ANC tinha uma maioria clara e Nelson Mandela convidou outros a se juntarem em prol da reconciliação.

Principais Nomeações do Novo Gabinete:

  • Paul Mashatile do ANC como vice-presidente
  • Parks Tau do ANC como ministro do comércio e indústria
  • John Steenhuisen do DA como ministro da agricultura

Ramaphosa nomeou líderes de quatro outros partidos políticos como novos ministros. Este acordo de divisão de poder envolveu discussões cuidadosas. Ramaphosa afirmou que isso mostrou que os problemas podem ser resolvidos por meio do diálogo.

DA conquista 21% dos votos e se torna o segundo maior partido. ANC precisa do apoio do DA e de outros parlamentares para reeleger Ramaphosa para o segundo mandato. Após semanas de negociações, formam uma coalizão. Ramaphosa afirma que todos os partidos devem ter um papel significativo no executivo nacional.

O novo governo de coalizão representa uma grande transformação na política sul-africana. Seu objetivo é enfrentar problemas cruciais como a pobreza, a desigualdade e o desemprego, questões centrais nas últimas eleições. Concordar sobre os papéis ministeriais é um passo essencial para trabalhar de forma eficaz na administração do país.

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