Líder de Serra Leoa defende maior presença africana no conselho da ONU

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Por Chi Silva
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Prédio da ONU com bandeiras africanas e emblema do Conselho de Segurança

São PauloO presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, está aproveitando o papel atual de seu país como presidente do Conselho de Segurança da ONU para destacar a necessidade de mais assentos africanos no Conselho. Ele abordará essa questão na próxima "Cúpula do Futuro" e na Assembleia Geral da ONU, onde serão discutidos temas de cooperação global e reformas.

O Conselho de Segurança da ONU foi criado em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, e inclui cinco países principais: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França. Esses cinco países possuem assentos permanentes e poder de veto. Além disso, há dez outros assentos, que inicialmente eram seis antes de aumentarem em 1965, ocupados por membros eleitos por mandatos de dois anos e que não possuem direito a veto. Três desses assentos são sempre ocupados por países africanos.

Países africanos afirmam que este arranjo está desatualizado:

  • A África tem a população que mais cresce no mundo, agora com 1,3 bilhão de pessoas.
  • Os 54 países africanos representam 28% dos membros da ONU.
  • Das 11 operações de paz da ONU, 5 estão na África.
  • Quatro dos 10 países que mais contribuem com tropas são africanos.

A União Africana deseja que a África obtenha mais dois assentos eleitos e dois assentos permanentes nas Nações Unidas. O ministro das Relações Exteriores da Namíbia, Peya Mushelenga, afirma que essa representação permanente é necessária agora. O Presidente da Assembleia, Dennis Francis, concorda e diz que a África está sub-representada.

Muitos países apoiam a ideia de reforma. Os Estados Unidos querem adicionar assentos permanentes para África, América Latina e Caribe. No entanto, a Assembleia Geral, que vem discutindo mudanças no Conselho de Segurança há anos sem sucesso, precisa concordar com qualquer reforma. Diversas propostas têm sido sugeridas, tornando difícil chegar a um consenso.

Presidente Bio acredita que é hora de mudança. Ele reconheceu a existência de barreiras, mas argumentou que a África merece melhor representação. A embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, pediu soluções práticas em vez de apenas reconhecer o problema. Alguns líderes sentem que a falta de assentos permanentes para a África está desatualizada e não reflete as realidades globais atuais.

Bio está promovendo uma maior representatividade da África em questões globais. Um evento importante, o "Cúpula do Futuro," se concentrará em criar uma nova visão para a cooperação internacional, com forte ênfase em reformar o funcionamento do Conselho de Segurança. Embora as mudanças exatas ainda estejam sendo discutidas, cresce o apoio à atualização da estrutura do Conselho.

O próximo mês é crucial. Se os líderes globais concentrarem suas atenções em incluir a África em suas reuniões, isso pode alterar a composição do Conselho de Segurança da ONU. Por enquanto, a África aguarda, esperançosa mas vigilante, enquanto as negociações continuam.

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