Comandante militar russo é preso em escândalo de corrupção crescente
São PauloO Major-General Valery Mumindzhanov, um alto oficial militar russo e vice-comandante do Distrito Militar de Leningrado, foi preso sob a acusação de aceitar um suborno de mais de $223.000, conforme informado pelo Comitê de Investigação Russo nesta segunda-feira. Esta é a nona prisão recente de um alto oficial militar, indicando uma investigação contínua sobre uma possível corrupção generalizada na liderança militar da Rússia.
Oficiais descobriram que Mumindzhanov aceitou um suborno de fornecedores interessados em obter um contrato de US$16,75 milhões para fornecer uniformes militares para soldados na Ucrânia. A investigação também está analisando como Mumindzhanov e sua família adquiriram propriedades no valor de US$1,3 milhão em Moscou e Voronej, verificando a legalidade dessas compras.
Pontos Chave:
- Gen. Valery Mumindzhanov é preso por acusações de suborno
- Mumindzhanov é o nono oficial militar de alta patente detido nos últimos meses
- O suborno envolveu fornecedores em busca de um contrato de $16,75 milhões para uniformes militares
- Investigadores também questionam a origem da propriedade de $1,3 milhão de Mumindzhanov
Prisões apontam para expurgo na Defesa após troca de ministro
As prisões integram uma série mais ampla de detenções que começaram pouco antes de uma grande mudança no Ministério da Defesa da Rússia. O Presidente Vladimir Putin substituiu o Ministro da Defesa Sergei Shoigu pelo economista Andrei Belousov. Especialistas acreditam que essas prisões têm como objetivo remover apoiadores de Shoigu e demonstrar uma postura rígida contra a corrupção no Ministério.
Richard Connolly, especialista em questões militares e econômicas da Rússia, afirmou que as prisões demonstram um plano com dois objetivos: reduzir a corrupção e lidar com disputas de poder entre os altos líderes militares. A iniciativa visa remover os funcionários corruptos e colocar novos aliados em suas posições durante um período difícil para a Rússia, agravado pelo conflito contínuo na Ucrânia e pela expansão da OTAN.
Mais prisões revelam que a operação é grande e organizada. O ex-vice-ministro da Defesa, Pavel Popov, está agora detido por acusações de fraude separadas, relacionadas ao uso de recursos da empresa para benefício próprio. Ele teria forçado empresas com contratos militares a trabalharem em suas propriedades particulares, aumentando as preocupações sobre o nível de corrupção.
O Distrito Militar de Leningrado, sob a liderança de Mumindzhanov, tornou-se crucial com a adesão da Finlândia e Suécia à OTAN. Isso evidencia que o Kremlin não está apenas substituindo oficiais ineficazes, mas também revisando suas estratégias de defesa para enfrentar os novos desafios impostos pela OTAN.
A repressão em andamento busca garantir tanto ao establishment militar russo quanto aos observadores internacionais que a corrupção será extirpada. No entanto, pode também ser uma tentativa de gerir dinâmicas políticas internas e enviar avisos severos àqueles dentro das forças armadas que possam abusar de suas posições. A extensão desta expurgação revela uma estratégia abrangente para recuperar o controle e a integridade no Ministério da Defesa da Rússia.
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