Distúrbios na Argélia Central por escassez de água e seca
São PauloDistúrbios ocorreram na região central da Argélia devido à falta de água. A área está sem chuva há meses e as autoridades estão enfrentando dificuldades para fornecer água. Esses distúrbios acontecem enquanto o Presidente Tebboune provavelmente buscará um segundo mandato.
O Norte da África é uma das regiões mais impactadas pelas mudanças climáticas. Uma prolongada seca esvaziou reservatórios importantes. A redução das chuvas agravou a situação. A região depende de três barragens para o abastecimento de água, e estas estão atualmente com apenas 20% de sua capacidade, de acordo com o engenheiro agrícola Said Ouarad.
Os principais problemas incluem:
- Os reservatórios de barragens estão menos funcionais devido à diminuição do volume.
- Os aquíferos subterrâneos não conseguem se recarregar por causa da falta de chuva.
A região é um deserto seco e de alta altitude. Atualmente, enfrenta calor extremo e menos chuva. A Argélia pretende trazer água de grandes represas no norte e no sul. Eles também planejam usar usinas de dessalinização que o país financiou.
Autoridades estão trazendo água de fontes próximas por enquanto. A empresa pública Cosider está construindo novos encanamentos para transportar água subterrânea de poços a 32 quilômetros de distância. Eles planejam terminar até julho. Até lá, a Cosider está levando grandes quantidades de água para a cidade por meio de caminhões.
Um funcionário da Cosider, que preferiu não se identificar, afirmou que Tiaret e três cidades próximas têm enfrentado dificuldades há meses. Ele mencionou que, embora a situação esteja mais tranquila agora, ainda persiste uma sensação de inquietação.
Notícias sobre essas tensões se espalharam nas redes sociais, mas houve pouca cobertura na mídia argelina. Muitos jornais e canais de TV dependem do dinheiro de publicidade do governo. A liberdade de imprensa no país tem sido cada vez mais reduzida. Nos últimos anos, alguns jornalistas foram presos.
O projeto do oleoduto de água tem como objetivo conectar Tiaret a grandes barragens no norte e no sul. Eles também estão considerando outras opções, como a dessalinização. Até que os oleodutos estejam prontos, usarão água importada e caminhões-cisterna.
Os moradores estão ficando cada vez mais indignados. A falta de água está interrompendo as atividades diárias e prejudicando a economia local. Com os reservatórios com apenas 20% de sua capacidade, as pessoas estão muito preocupadas.
As autoridades enfrentam pressão para solucionar o problema rapidamente. Diante desses desafios, o governo argelino está impulsionando várias soluções:
- Transportar água de grandes represas distantes por tubulações
- Investir mais em plantas de dessalinização
- Transportar água em caminhões para as áreas afetadas
O presidente Tebboune busca um segundo mandato, mas a escassez de água pode prejudicar sua campanha. O problema da água no Norte da África reflete a questão maior das mudanças climáticas. As áreas semiáridas da Argélia estão particularmente em risco.
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