Rangers inovam no monitoramento de leões e impulsionam a conservação em refúgio crucial de Uganda

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Por João Silva
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Leões vagando pela savana de Uganda com colares de rastreamento.

São PauloGuardas florestais em Uganda são habilidosos no monitoramento dos leões no Delta do Nilo. Um estudo recente demonstrou que seu trabalho é altamente eficaz na conservação da vida selvagem e apresentou novas metodologias para conduzir pesquisas científicas. Essa abordagem inovadora é uma grande ajuda para os esforços de preservação.

O estudo destaca descobertas importantes:

Rangers coletaram dados de alta qualidade e precisão sobre as populações de leões. As pesquisas lideradas por rangers foram 50% mais econômicas que o uso de armadilhas fotográficas. O Delta do Nilo em Murchison Falls é crucial para a conservação dos leões devido às altas densidades desses animais na região.

Guardas-florestais desempenham um papel fundamental na proteção da vida selvagem e são valiosos na pesquisa científica. Este estudo demonstra que eles podem liderar com sucesso o monitoramento da vida selvagem. Sua capacidade de localizar e registrar animais é essencial para a coleta de dados precisos, ressaltando sua importância na ciência da conservação.

Câmeras de infravermelho instaladas à distância já foram amplamente utilizadas para monitoramento, porém têm uma baixa taxa de sucesso, como evidenciado por um estudo que obteve apenas duas identificações úteis. Em contrapartida, os guardiões, com sua experiência de campo e conhecimento sobre o habitat dos leões, são mais eficazes na coleta das informações necessárias. Utilizar guardiões auxilia na proteção dos leões e garante um uso mais eficiente dos recursos, o que é crucial em locais como a África, onde o financiamento pode ser limitado.

Título: Conservação dos Leões no Delta do Nilo em Risco

O Delta do Nilo em Murchison possui uma grande quantidade de leões, mas enfrenta ameaças causadas por caça ilegal e exploração de petróleo. A experiência dos guardas florestais na região é essencial para a atualização dos planos de conservação. Colaborar com os guardas não apenas aprimora a precisão das informações, mas também garante que os planos reflitam a realidade local.

O uso de patrulheiros em Uganda demonstra potencial para ser bem-sucedido em outras regiões da África. Ao integrar seus conhecimentos locais em esforços maiores de conservação, projetos semelhantes podem aprimorar o monitoramento da vida selvagem. A abordagem de Uganda evidencia que os patrulheiros são essenciais na proteção de animais em risco de extinção.

Colocar guardas florestais em novas funções ajuda as comunidades locais e fortalece os planos nacionais de conservação. Essa abordagem pode transformar a forma como os dados sobre a vida selvagem são coletados e utilizados, resultando em uma melhor proteção e gestão das espécies ameaçadas em todo o continente.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s42003-024-06796-0

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Alexander R. Braczkowski, Lilian Namukose, Silvan Musobozi, Orin Cornille, Tutilo Mudumba, Gilbert Drileyo, Femke Broekhuis, Sophia Jingo, Brenda Asimwe, Peter Luhonda, Bosco Atukwatse, Christopher J. O’Bryan, Hamish McCallum, Duan Biggs, Luke Gibson, Aggrey Rwetsiba, Arjun M. Gopalaswamy, Peter Lindsey, Nicholas Elliot. Rangers on the frontline of wildlife monitoring: a case study on African lions in Uganda’s Nile Delta. Communications Biology, 2024; 7 (1) DOI: 10.1038/s42003-024-06796-0
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