Vacinação contra pólio em Gaza coincide com pausa temporária nos combates

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Por Ana Silva
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Caixas de vacinas contra a poliomielite sendo desembaladas em Gaza.

São PauloIsrael fará uma pausa em algumas operações em Gaza neste domingo para que trabalhadores da saúde possam vacinar cerca de 650.000 crianças palestinas contra a pólio. Essa interrupção durará pelo menos nove horas e não está relacionada a nenhuma negociação de cessar-fogo em andamento. A campanha de vacinação se torna crucial após a descoberta do primeiro caso de pólio em Gaza em 25 anos, em que um bebê de 10 meses sofreu paralisia parcial devido a uma cepa mutante do vírus, resultante da falta de vacinas durante os confrontos.

Profissionais de saúde em Gaza têm alertado há meses sobre a ameaça de um surto de poliomielite. A região enfrenta grandes dificuldades devido à crise humanitária agravada pelo conflito iniciado após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro. Esse ataque resultou na morte de cerca de 1.200 israelenses e no sequestro de 250 pessoas. Como resposta, Israel lançou um contra-ataque, causando numerosas mortes em Gaza.

Campanha de Vacinação contra Polio Almeja 650 Mil Crianças Palestinas

Uma campanha de vacinação contra a poliomielite pretende alcançar 650 mil crianças palestinas após o primeiro caso da doença em 25 anos ser identificado em Gaza neste mês. A situação humanitária, já agravada pelo conflito contínuo, recebe um reforço significativo com a interrupção das operações israelenses por nove horas para permitir a vacinação.

O setor de saúde em Gaza está enfrentando grandes desafios devido ao conflito. A descoberta recente de poliomielite evidencia a gravidade da situação, com serviços de saúde sobrecarregados e edifícios danificados. A pólio é uma doença muito contagiosa que pode causar paralisia permanente se não for tratada rapidamente. Por isso, os esforços atuais de vacinação são de extrema importância.

A violência na Cisjordânia piorou, e as ações militares israelenses continuam. Locais como Jenin e Tulkarem permanecem perigosos, com aumento da violência e mortes entre civis. A situação está se tornando mais insegura, gerando preocupação internacional de que o conflito possa se espalhar além da Faixa de Gaza.

Mesmo que o cessar-fogo ainda não esteja em vigor, a pausa temporária para vacinação destaca a importância dos cuidados básicos de saúde, mesmo em zonas de conflito. Esse esforço de vacinação é apenas um breve momento de assistência em uma crise humanitária muito maior. O sistema de saúde em Gaza está sob enorme pressão, enfrentando não apenas pólio mas também os efeitos generalizados da violência contínua.

Os fracos sistemas de saúde e os conflitos contínuos representam sérios riscos para a saúde pública. Embora os esforços de vacinação sejam importantes, eles não são suficientes. É necessária uma estratégia a longo prazo e abrangente para atender às necessidades de saúde das pessoas em áreas de conflito como Gaza e Cisjordânia. A ajuda da comunidade internacional, tanto política quanto humanitária, é essencial para gerir e resolver essas crises.

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