Mistério da extinção no Chipre paleolítico desvendado

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Ana Silva
- em
Megafauna anã extinta na paisagem da ilha de Chipre.

São PauloNova pesquisa esclarece a razão do desaparecimento do elefante-anão e do hipopótamo-anão na antiga Chipre. Esses animais, conhecidos como Palaeoloxodon cypriotes e Phanourios minor, sumiram rapidamente após a chegada dos humanos na ilha, cerca de 14.000 anos atrás. O estudo, apoiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e pela República de Chipre, foi liderado pelo Professor Corey Bradshaw da Universidade de Flinders. A pesquisa investiga o impacto dos antigos habitantes que viviam de caça e coleta nessas extinções.

Estudo revela que grupos humanos do Paleolítico podem ter chegado a Chipre ao longo de 1.000 anos, divididos em duas ou três ondas migratórias. A população dessas pessoas primitivas estava estimada entre 3.000 e 7.000 indivíduos. Eles dependiam principalmente da megafauna anã para se alimentar.

Cientistas desenvolveram modelos matemáticos utilizando informações de fósseis antigos e sítios históricos. Eles analisaram a quantidade de energia que os primeiros humanos precisavam, sua dieta e eficiência na caça. Esses modelos indicam que os humanos tiveram um papel significativo na extinção de grandes animais. O principal fator que determinava a extinção de uma espécie era a quantidade de carne comestível que ela oferecia aos humanos primitivos.

Estudar o Chipre oferece insights valiosos. A posição isolada da ilha permite que cientistas observem o impacto dos seres humanos no meio ambiente. Pesquisas indicam que até mesmo pequenos grupos de pessoas com ferramentas rudimentares podem prejudicar ecossistemas locais e ocasionar a extinção de espécies.

Reflexões sobre o Impacto Humano nos Ecossistemas

Compreender a maneira como as atividades humanas interferem nos ecossistemas é crucial para desenvolver estratégias eficazes de conservação. As ações humanas, como a urbanização, desmatamento e poluição, alteram significativamente o equilíbrio natural. Estudos recentes destacam a importância de práticas sustentáveis para mitigar essas influências negativas. Ao adaptar nossas abordagens, podemos contribuir para a saúde e resiliência dos ecossistemas, garantindo um futuro mais sustentável para o planeta.

Estudo revela que humanos podem alterar ecossistemas sem tecnologia avançada. Contrariando a ideia de que apenas grandes avanços tecnológicos permitem impacto significativo no ambiente, foi demonstrado que, com ferramentas básicas, é possível influenciar populações de animais, modificar ecossistemas e levar espécies à extinção.

Ideias como essas são essenciais para a conservação atualmente. Elas destacam a importância de gerenciar cuidadosamente os ecossistemas impactados pelas atividades humanas. Compreender a influência histórica dos humanos na biodiversidade nos ajuda a desenvolver estratégias mais eficazes para proteger os frágeis ecossistemas atuais. Modificações causadas por humanos transformaram significativamente o mundo natural. Conhecer essa trajetória enfatiza a necessidade de vivermos de forma sustentável em harmonia com a vida selvagem.

Estudar os antigos habitantes de Chipre nos ajuda a compreender como os seres humanos interagem com seu ambiente. Revela como ações humanas do passado levaram ao declínio de espécies nativas e serve de alerta para questões semelhantes em escala global. Essas informações destacam a importância de proteger as espécies para evitar mais extinções.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1098/rspb.2024.0967

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Corey J. A. Bradshaw, Frédérik Saltré, Stefani A. Crabtree, Christian Reepmeyer, Theodora Moutsiou. Small populations of Palaeolithic humans in Cyprus hunted endemic megafauna to extinction. Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, 2024; 291 (2031) DOI: 10.1098/rspb.2024.0967
Ciência: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário