Novo estudo: terapia inovadora com prótons traz esperança contra glioblastoma em idosos

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Chi Silva
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Escaneamento cerebral com áreas de tratamento destacadas e símbolos de esperança.

São PauloEstudo do Mayo Clinic Aponta Nova Esperança no Tratamento do Glioblastoma

Um estudo recente da Mayo Clinic revelou uma nova abordagem promissora para tratar o glioblastoma, um tipo de câncer cerebral extremamente grave. Os pesquisadores desenvolveram um método utilizando a terapia de prótons com hipofracionamento de curta duração, aliado a técnicas avançadas de imagem. Este novo tratamento contribui para aumentar a expectativa de vida dos pacientes mais velhos recém-diagnosticados com glioblastoma.

Principais benefícios deste tratamento:

  • Aumento na taxa de sobrevivência: A mediana de sobrevivência subiu de seis a nove meses para 13,1 meses.
  • Alvo de precisão: A terapia com feixe de prótons permite direcionar com precisão as células cancerígenas, preservando os tecidos saudáveis.
  • Menor tempo de tratamento: As sessões são concluídas em uma a duas semanas, em comparação com tratamentos tradicionais que duram de três a seis semanas.

No tratamento do glioblastoma no passado, os pacientes enfrentavam um processo longo e desgastante, muitas vezes piorando sua qualidade de vida. As sessões frequentes de radioterapia podiam danificar partes saudáveis do cérebro, dificultando a recuperação. A terapia com feixe de prótons oferece uma alternativa melhor, pois direciona o tratamento especificamente para o câncer, reduzindo os efeitos colaterais e ajudando os pacientes a manter suas capacidades normais.

Ferramentas avançadas de imagem, como o PET 18 F-DOPA e a ressonância magnética com contraste, são essenciais para essa abordagem. Esses recursos auxiliam os médicos a identificar as partes mais agressivas do tumor, assegurando que o tratamento esteja focado de forma eficaz nas células cancerígenas. Isso aumenta não apenas as chances de sobrevivência dos pacientes, mas também melhora sua qualidade de vida durante e após o tratamento.

Este estudo é o primeiro ensaio clínico que utiliza um método específico e abreviado de terapia com feixe de prótons para pacientes idosos, aprimorado com imagens avançadas. Representa um avanço em direção a tratamentos de câncer mais precisos e personalizados. Com mais pesquisas, essas abordagens poderiam ser aplicadas a outros grupos etários e tipos de câncer, ampliando sua utilidade para uma variedade maior de tratamentos oncológicos.

Mais pesquisas são necessárias, pois os resultados iniciais são promissores. Estudos atuais estão trabalhando para confirmar as descobertas e explorar novos métodos de imagem para melhorar a precisão dos tratamentos. A pesquisa da Mayo Clinic pode resultar em melhorias significativas no tratamento do câncer, ajudando a prolongar a vida e aumentar o bem-estar dos pacientes com diagnósticos graves.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(24)00585-0

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Sujay Vora, Deanna Pafundi, Molly Voss, Matthew Buras, Jonathan Ashman, Bernard Bendok, William Breen, Leland Hu, Sani Kizilbash, Nadia Laack, Wei Liu, Anita Mahajan, Maciej Mrugala, Alyx Porter, Michael Ruff, Terence Sio, Joon Uhm, Ming Yang, Debra Brinkmann, Paul Brown. Short-course hypofractionated proton beam therapy, incorporating 18F-DOPA PET and contrast-enhanced MRI targeting, for patients aged 65 years and older with newly diagnosed glioblastoma: a single-arm phase 2 trial. The Lancet Oncology, 2024; 25 (12): 1625 DOI: 10.1016/S1470-2045(24)00585-0
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