NATO fecha acordo milionário por mísseis Stinger
São PauloNa recente cúpula da OTAN, a aliança anunciou um acordo de US$ 700 milhões para a compra de mísseis Stinger. Este acordo visa fortalecer a defesa em meio ao aumento das tensões políticas.
O momento é crucial. Questões políticas nos EUA atrasaram a entrega de armas à Ucrânia por meses. A próxima eleição presidencial americana aumenta a incerteza. Cresce a preocupação sobre a manutenção do forte apoio dos EUA à OTAN.
Donald Trump, o candidato republicano à presidência, fez declarações polêmicas. Ele afirmou que deixaria a Rússia agir livremente se os membros da OTAN não investirem o suficiente em defesa. Trump acredita que esses países deveriam gastar pelo menos 2% de seu PIB em defesa. Muitos membros da OTAN agora estão aumentando seus orçamentos de defesa. Mas será que isso é suficiente?
Um olhar rápido sobre os gastos com defesa dos membros da OTAN:
- Dos 32 países membros, 23 devem atingir o compromisso de 2% do PIB neste ano.
- Apenas seis membros atingiram a meta de 2% antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A invasão tornou urgente a necessidade de aprimorar as capacidades de defesa. Fábricas que estavam pouco ativas até 2022 agora estão aumentando sua produção. Contratos de longo prazo, como o novo acordo para mísseis Stinger, ajudam a fomentar investimentos em infraestrutura. Empresas do setor de defesa estão construindo novas fábricas para atender à demanda.
Morten Brandtzaeg, CEO da Nammo na Noruega, afirmou que a principal prioridade é a construção de novas fábricas, ao invés de apenas alterar cronogramas de trabalho ou lidar com atrasos temporários.
Rússia aumenta significativamente seu orçamento de defesa. O ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, afirmou que a Rússia gasta entre 7% a 9% de seu PIB em defesa. A Estônia destina mais de 3% de seu PIB para defesa, mas ainda precisa de mais recursos para reabastecer seus estoques.
Polônia Mostra Maior Comprometimento com a Defesa
O Ministro da Defesa da Polônia, Władysław Kosiniak-Kamysz, que também é vice-primeiro-ministro, declarou que o país vai investir pelo menos 4% do PIB em defesa neste ano.
Especialistas e líderes ainda não sabem se essas medidas serão suficientes. O ponto principal é que a OTAN está se adaptando rapidamente às mudanças. Entretanto, questões políticas ainda são motivo de preocupação. A aliança precisa de forte apoio de todos os seus membros, especialmente dos EUA.
Estônia e Polônia se esforçam para aprimorar a produção de equipamentos de defesa. No entanto, enfrentam dificuldades devido à menor quantidade de trabalhadores e recursos em comparação com a Rússia.
O novo contrato da OTAN é um passo positivo que ajuda a melhorar a preparação de defesa. No entanto, a aliança precisa enfrentar desafios políticos e garantir que todos os membros cumpram suas promessas. Esse equilíbrio é crucial para a segurança e estabilidade futuras da OTAN.
Nos próximos meses, acompanharemos a evolução desses fatores. Esperamos que esse impulso atual se transforme em sólidas e duradouras capacidades de defesa. Compromissos políticos e financeiros futuros serão cruciais.
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