Exército de Mianmar evacua vilas em Rakhine contra Arakan Army

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Por João Silva
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Vila deserta com casas abandonadas em Rakhine, Mianmar.

São PauloO exército de Myanmar está obrigando as pessoas a deixarem vilarejos em um estado ocidental para se protegerem contra rebeldes. O Exército Arakan luta pela independência do governo central de Myanmar. Há seis meses, iniciaram ataques em Rakhine, onde agora controlam nove dos 17 distritos. Eles também controlam um distrito no estado de Chin.

No início de junho, o Exército de Arakan afirmou que planeja atacar as bases militares nos oito municípios restantes em Rakhine. Eles já controlam três municípios próximos a Sittwe, que fica a cerca de 340 quilômetros a sudoeste de Mandalay.

Uma pessoa de Palin Pyin, uma vila próxima a Sittwe, disse que as autoridades fizeram os líderes da vila dizerem às pessoas para deixarem suas casas. Inicialmente, eles tinham cinco dias para sair, mas isso foi posteriormente alterado para três dias.

O Congresso de Estudantes e Jovens de Arakan (AASYC) anunciou na segunda-feira que o exército planeja destruir 12 vilas às margens do rio Kywee Tae, e os moradores devem sair até sexta-feira.

  • Os moradores receberam inicialmente um prazo de cinco dias para deixarem suas casas.
  • Essa decisão foi tomada pelo ministro-chefe do conselho militar do estado de Rakhine.
  • O objetivo é evitar outro incidente semelhante ao que ocorreu na vila de Byine Phyu.

No final de maio, 76 pessoas foram supostamente mortas na vila de Byine Phyu. O exército afirmou que apenas três pessoas morreram enquanto tentavam pegar uma arma. Outros relatos indicavam que muitos foram mortos porque a vila apoiava o Exército Arakan.

É difícil verificar notícias da região porque as pessoas não podem se deslocar livremente. Após o evento em Byine Phyu, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, expressou profunda preocupação com o aumento da violência em Myanmar. O Porta-Voz da ONU, Stéphane Dujarric, relatou frequentes ataques aéreos e abusos de direitos humanos em todo o país. Ele enfatizou que os responsáveis devem ser responsabilizados.

O secretário-geral da ONU, por intermédio de Dujarric, solicita a todos os envolvidos que mantenham a calma. É necessário proteger os civis, seguindo o direito humanitário internacional. Além disso, devem cessar ações que possam provocar mais violência.

Pessoas nas aldeias precisam abandonar suas casas. O conflito entre o exército de Myanmar e o Exército Arakan ainda continua.

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