Macron enfrenta desafios e eleição agita extrema direita na França
São PauloO presidente francês Emmanuel Macron enfrenta grandes desafios tanto na França quanto em outros países. Uma eleição recente na França deu poder à extrema direita, gerando preocupações.
Os eleitores irão às urnas em duas rodadas de votação, neste domingo e em 7 de julho. A escolha deles determinará a composição da Assembleia Nacional e levará à formação de um novo governo.
Macron venceu Marine Le Pen nas eleições presidenciais tanto em 2017 quanto em 2022. Ao ganhar sua primeira eleição aos 39 anos, ele subiu ao palco no Museu do Louvre em Paris ao som do hino europeu. Ele prometeu trabalhar arduamente para que as pessoas não sintam a necessidade de apoiar partidos extremistas.
Pontos principais:
- O partido centrista de Macron esmagou os rivais tradicionais, o Partido Socialista e os Republicanos conservadores.
- Em 2022, Macron reconheceu que os eleitores o escolheram para bloquear a extrema direita, e não por apoiar suas ideias.
- Atualmente, as pesquisas mostram que os principais concorrentes são da extrema direita e da ampla coalizão de esquerda, a Nova Frente Popular.
- O ex-primeiro-ministro Edouard Philippe afirmou que Macron "destruiu a maioria presidencial".
- Macron defendeu sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional, chamando-a de "indispensável" para a realização de políticas ambiciosas.
Para Macron, eleição rápida visa resolver impasse político, mas grupo enfrenta riscos
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Macron busca solucionar a confusão política com uma eleição rápida, mas seu grupo político está em perigo. Ele declarou que o racismo e o antissemitismo são contrários aos valores franceses e ressaltou a necessidade de se opor à extrema direita.
Chanceler alemão Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata, conversou com Macron sobre as eleições francesas. Scholz espera que partidos com ideais semelhantes aos seus obtenham bons resultados, mas não fez previsões sobre o desfecho.
Macron destacou seus sucessos econômicos, mencionando que o desemprego caiu de mais de 10% para 7,5%. Além disso, a França foi nomeada o país europeu mais atraente para investimentos estrangeiros nos últimos anos. Apesar dessas conquistas, seu mandato enfrentou desafios significativos, como os protestos dos coletes amarelos, a pandemia de COVID-19, a guerra na Ucrânia e os distúrbios de 2023 após a morte de um adolescente pela polícia.
Lisa Thomas-Darbois, a vice-diretora dos estudos sobre a França no Institut Montaigne, salientou os possíveis perigos. Ela afirmou que eleições antecipadas prejudicaram a reputação da França na Europa, preocupando parceiros europeus e internacionais e influenciando as taxas de juros nos mercados financeiros. Ela questionou se o problema é um impasse político ou o crescimento do poder do Rally Nacional.
A eleição antecipada colocou a França em uma posição complicada, prejudicando sua imagem internacional e gerando incerteza no país.
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