Militares israelenses presos por abuso de detentos em base secreta

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Por Chi Silva
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Cerca de arame farpado com câmeras de vigilância militar em primeiro plano.

São PauloMilitares israelenses presos por suposta violência contra palestino em base secreta

Na segunda-feira, o exército israelense prendeu nove soldados acusados de maltratar um detido palestino na base secreta de Sde Teiman, no sul de Israel. Quando a polícia militar chegou para efetuar as prisões, enfrentou protestos e pequenos confrontos. Posteriormente, muitos manifestantes agitaram bandeiras de Israel e gritaram "vergonha." Agora, os militares estão tentando dispersar esses manifestantes.

Após o ataque do Hamas em 7 de outubro, muitos palestinos foram detidos. A maioria foi liberada após uma revisão militar. Organizações de direitos humanos afirmam que a maioria dos detidos passou por Sde Teiman, onde há denúncias de abusos generalizados.

O Comitê Público contra a Tortura em Israel denuncia abuso generalizado em Sde Teiman, apoia a investigação militar e destaca que esses episódios não são raros.

Israel tem sido frequentemente acusado de não punir soldados por crimes contra palestinos. Estas acusações aumentaram durante o atual conflito em Gaza. Israel argumenta que suas forças seguem leis militares e internacionais e que qualquer abuso relatado é investigado de forma independente pelo próprio exército.

Prisões revoltam membros do governo de extrema-direita de Israel

As prisões têm revolto membros do governo de extrema-direita de Israel. Yuli Edelstein, um político influente do partido Likud do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que a investigação é um desrespeito aos soldados. Ele declarou: “Nossos soldados não são criminosos e essa perseguição contra eles é inaceitável para mim."

Esforços continuam para negociar um cessar-fogo entre Hamas e Israel. Mediadores internacionais buscam parar o conflito e libertar os 110 reféns restantes. As negociações incluem as exigências de Israel para manter tropas ao longo da fronteira Gaza-Egito, especialmente no corredor Filadélfia.

Estes são os principais pontos das negociações:

  • O desejo de Israel de permanecer no corredor de Filadélfia.
  • A instalação de sensores subterrâneos.
  • A construção de uma barreira subterrânea para impedir o contrabando.

Autoridades do Egito e do Hamas destacaram pontos de divergência. Israel quer permanecer na área de fronteira durante o cessar-fogo para monitorar atividades de túneis e contrabando de armas. Eles afirmaram que Israel só deixará o corredor se essas ações cessarem.

Militares de Israel invadem Rafah, no sul de Gaza, e controlam corredor de Filadélfia e passagem de Rafah. Israel alega que túneis nesse corredor são utilizados pelo Hamas para contrabandear armas. O Egito afirma que muitos túneis já foram destruídos em operações anteriores. Autoridades israelenses ainda não responderam a essas alegações.

Este evento faz parte de um movimento mais amplo de ações militares israelenses e dificuldades em garantir que os soldados sejam responsabilizados. O debate sobre a detenção de militares e os protestos destacam a tensão em Israel sobre o comportamento das forças armadas e a posição do governo nessas questões.

A detenção desses soldados representa um raro passo em direção à responsabilidade e evidencia pressões tanto internas quanto externas. O exército israelense frequentemente enfrenta críticas por suas ações contra os palestinos, e este incidente pode indicar uma atenção crescente sobre eles. A situação é complexa, envolvendo opinião pública, visões governamentais e o contexto mais amplo do conflito em Gaza.

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