Teste fecal inovador e novas perspectivas de tratamento para a endometriose e doenças relacionadas

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Alex Morales
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Análise bacteriana em amostra de fezes com foco em endometriose.

São PauloPesquisadores do Baylor College of Medicine e de outras instituições estão desenvolvendo melhores métodos para diagnosticar e tratar a endometriose. Esta condição afeta aproximadamente 200 milhões de mulheres no mundo, causando dor intensa e infertilidade, já que o tecido semelhante ao revestimento do útero cresce fora dele. Os métodos de diagnóstico atuais às vezes confundem a endometriose com problemas intestinais, atrasando o tratamento. Os pesquisadores estão criando um teste não invasivo de fezes para ajudar a diagnosticar e tratar a condição com mais precisão.

Principais descobertas incluem:

  • Diferenças significativas na microbiota e nos metabólitos fecais entre mulheres com e sem endometriose.
  • Descoberta de uma combinação única de metabólitos bacterianos específicos para a endometriose.
  • Uma redução notável do metabólito 4-hidroxiindole em pacientes com essa condição.

Pesquisadores alcançaram um avanço significativo no entendimento da endometriose ao identificar perfis únicos de metabólitos. Um desses metabólitos, o 4-hidroxiindol, que é produzido principalmente por bactérias benéficas do intestino, mostra um grande potencial. Ele pode auxiliar não apenas no diagnóstico da endometriose, mas também no seu tratamento. Em estudos com animais, o 4-hidroxiindol reduziu a inflamação e a dor associadas à endometriose, sugerindo que pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos.

Pesquisadores estão interessados na relação entre endometriose e doença inflamatória intestinal (DII). As duas condições apresentam perfis metabólicos semelhantes, sugerindo que podem estar ligadas na forma como se desenvolvem. Essa descoberta pode abrir caminho para novos tratamentos que abordem ambas as doenças de uma só vez, focando em como o microbioma influencia sua progressão.

Cientistas estão empenhados em aprimorar este exame de fezes ao investigar mais a fundo o microbioma. Caso tenham sucesso, isso poderá acelerar o diagnóstico de doenças e possibilitar tratamentos personalizados de acordo com a composição bacteriana única de cada indivíduo.

Pesquisa revela novas possibilidades para diagnosticar e tratar a endometriose, potencialmente reduzindo o tempo médio de sete anos para obtenção de diagnóstico. O estudo ressalta a importância de explorar mais o microbioma para enfrentar doenças complexas. Testes não invasivos, que podem melhorar significativamente os tratamentos de saúde feminina, estão sendo desenvolvidos com esforços científicos contínuos.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.medj.2024.09.006

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Chandni Talwar, Goutham Venkata Naga Davuluri, Abu Hena Mostafa Kamal, Cristian Coarfa, Sang Jun Han, Surabi Veeraragavan, Krishna Parsawar, Nagireddy Putluri, Kristi Hoffman, Patricia Jimenez, Scott Biest, Ramakrishna Kommagani. Identification of distinct stool metabolites in women with endometriosis for non-invasive diagnosis and potential for microbiota-based therapies. Med, 2024; DOI: 10.1016/j.medj.2024.09.006
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