Nova técnica de ressonância prevê risco de insuficiência cardíaca sem invasão na população geral
São PauloPesquisadores da Universidade de East Anglia e da Queen Mary University de Londres desenvolveram um novo método de ressonância magnética (MRI) para o coração. Com essa nova técnica, é possível prever com precisão o risco de insuficiência cardíaca na população em geral. O método utiliza uma ressonância magnética não invasiva para medir a pressão cardíaca, eliminando a necessidade de testes invasivos tradicionais.
Os pesquisadores identificaram diversos fatores de risco principais associados à pressão arterial elevada. Entre eles estão:
- Idade acima de 70 anos
- Pressão alta
- Obesidade
- Consumo de álcool
- Ser do sexo masculino
Insuficiência cardíaca pode ser prevista com ressonância magnética, diz especialista
A insuficiência cardíaca é uma condição grave e frequentemente fatal causada pelo aumento da pressão no coração. O Dr. Pankaj Garg, da Norwich Medical School da UEA, destacou que o uso da ressonância magnética para medir essa pressão elevada pode prever a insuficiência cardíaca, tornando-a cinco vezes mais provável em seis anos. Essa previsão antes não era possível com testes não invasivos.
O estudo analisou dados de mais de 39.000 pessoas no UK Biobank para estimar a pressão cardíaca a partir de ressonâncias magnéticas utilizando inteligência artificial. Os resultados foram revolucionários, demonstrando que a ressonância magnética pode indicar de maneira confiável o risco de insuficiência cardíaca no futuro, sem a necessidade de procedimentos invasivos.
Método inovador para diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca
Esse novo método pode revolucionar a maneira como diagnosticamos e tratamos a insuficiência cardíaca. Ele auxilia médicos a identificar pessoas em risco, como idosos acima de 70 anos, indivíduos com pressão alta, obesidade ou consumo de álcool. Essas pessoas poderiam realizar exames regulares, permitindo tratamentos mais precoces. Além disso, como a Ressonância Magnética não envolve cirurgia, é uma opção mais segura e fácil de usar em comparação com testes atuais que exigem procedimentos invasivos.
Esta pesquisa pode aprimorar a gestão da saúde dos indivíduos. Medicina personalizada pode usar essas descobertas para ajudar os médicos a criarem planos específicos de prevenção e tratamento com base nos fatores de risco únicos de cada pessoa. Por exemplo, pessoas mais velhas ou com pressão alta poderiam receber check-ups mais frequentes e conselhos personalizados sobre estilo de vida ou medicação.
A experiência do paciente vai melhorar significativamente. As pessoas não precisarão mais realizar exames invasivos, o que reduz a ansiedade e o risco de complicações. Isso pode incentivar mais pessoas a fazerem check-ups regulares de saúde cardíaca.
A tecnologia de ressonância magnética é não invasiva e pode prever problemas de saúde, o que pode resultar em economia na área da saúde. Detectar problemas precocemente ajuda a evitar longas e caras internações hospitalares por insuficiência cardíaca, o que pode facilitar a vida dos sistemas de saúde.
Este novo método de ressonância magnética do coração vai transformar a maneira como os médicos tratam a insuficiência cardíaca, focando no diagnóstico precoce e na prevenção ao invés de apenas reagir aos sintomas. O estudo destaca os benefícios de utilizar imagens avançadas e inteligência artificial para melhorar a saúde cardíaca dos pacientes.
O estudo é publicado aqui:
http://dx.doi.org/10.1002/ehf2.15011e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é
Ross J. Thomson, Ciaran Grafton‐Clarke, Gareth Matthews, Peter P. Swoboda, Andrew J. Swift, Alejandro Frangi, Steffen E. Petersen, Nay Aung, Pankaj Garg. Risk factors for raised left ventricular filling pressure by cardiovascular magnetic resonance: Prognostic insights. ESC Heart Failure, 2024; DOI: 10.1002/ehf2.15011Compartilhar este artigo