Transmissão de HIV materno ainda preocupa em Gauteng, África do Sul

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Por Alex Morales
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Suprimentos de prevenção ao HIV não utilizados em clínica sul-africana.

São PauloNa África do Sul, a transmissão do HIV de mães para bebês continua sendo um grande problema, mesmo em Gauteng, a região mais rica. Apesar de testes de HIV e medicamentos antirretrovirais gratuitos estarem disponíveis para mulheres grávidas, muitos bebês ainda nascem com o vírus. Autoridades de saúde estão preocupadas porque os dados mostram que muitos recém-nascidos continuam a ser infectados.

Os números são alarmantes: mais de 200 mulheres grávidas em Gauteng não usaram os serviços de prevenção do HIV este ano e 211 mulheres não fizeram uso desses serviços no segundo semestre do ano passado. Isso demonstra que os riscos de transmissão continuam, mesmo com recursos disponíveis.

Algumas causas desse problema incluem o fato de que gestantes não frequentam clínicas de saúde precocemente. Isso atrasa exames e tratamentos essenciais. Além disso, muitas mulheres não sabem que têm HIV até que seja tarde demais para evitar a transmissão.

Algumas mulheres enfrentam dificuldades para manter a terapia antirretroviral. Elas podem interromper o tratamento ao se mudarem ou devido a questões pessoais. No entanto, seguir corretamente o tratamento é crucial para sua eficácia. Se houver interrupções, isso pode levar a novas infecções durante a gravidez ou a amamentação.

Fatores comportamentais e sociais também são relevantes. É essencial que as mulheres sigam as orientações sobre amamentação. Elas precisam estar cientes de que a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses pode ajudar a prevenir a transmissão do HIV. No entanto, muitas não seguem essas orientações de maneira consistente. O estigma social e a falta de informação dificultam a adesão a essas medidas preventivas.

Recursos e educação são essenciais. Winnie Byanyima, diretora executiva da UNAIDS, destaca a necessidade de tornar tratamentos e medidas preventivas acessíveis a todos. Embora haja muitos recursos em Joanesburgo e Pretória, como diversas clínicas de saúde governamentais, muitas pessoas ainda não utilizam esses serviços.

Ensinar às mulheres a importância do tratamento contínuo e pontual pode diminuir o risco de transmissão do HIV de mãe para filho. Campanhas de saúde pública devem ser poderosas e especialmente adaptadas para superar obstáculos culturais e sociais locais. Trabalhar com as comunidades e utilizar redes sociais para disseminar informações pode ajudar a resolver essa questão.

É necessário encontrar novas formas de monitorar e auxiliar as mulheres que iniciam tratamento. Serviços de saúde móvel e programas de acompanhamento podem proporcionar cuidados consistentes, especialmente para aquelas que se mudam frequentemente ou enfrentam desafios pessoais.

Para resolver o problema em Gauteng, precisamos entender por que as pessoas não seguem as recomendações médicas e por que procuram atendimento tardiamente. O objetivo é claro: com as soluções médicas avançadas que temos hoje, praticamente nenhum bebê deveria nascer com HIV.

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