Ensinamentos de Gaza: lições do Exército dos EUA em ajuda humanitária

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Por João Silva
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Exército dos EUA construindo cais de ajuda com contêineres de carga.

São PauloUm relatório recente sobre o projeto de construção de um píer de $230 milhões em Gaza oferece lições importantes para o Exército dos EUA. Ele destaca a necessidade de melhor treinamento em condições adversas, como mau tempo e riscos de segurança. Esta foi a primeira vez que o Exército construiu um píer durante um combate ativo e enfrentou diversos problemas logísticos. Um relatório do inspetor-geral da USAID menciona que o Presidente Biden ordenou o projeto apesar das preocupações de que poderia não ser tão eficaz quanto utilizar rotas de ajuda terrestre.

Desafios principais incluíram:

  • Incapacidade das tropas americanas de desembarcar
  • Coordenação sobre uma cidade flutuante de mais de 20 navios e plataformas
  • Desafios logísticos de alimentação, suprimento de água, cuidados médicos e comunicação em uma distância de 30 milhas náuticas
  • Dependência do porto de Ashdod e contratos civis

O objetivo principal era alimentar 1,5 milhão de pessoas por 90 dias, mas a operação conseguiu fornecer alimentos para cerca de 450.000 pessoas durante um mês antes de ser interrompida. Isso mostra a dificuldade de entregar ajuda por via marítima em zonas de guerra.

O Exército descobriu que ter centros de comando em terra facilita muito a gestão de suprimentos e pessoal. Em Gaza, a ausência de um comando terrestre tornou difícil a organização desses elementos. A comunicação também enfrentou problemas, já que os navios não possuíam largura de banda suficiente para compartilhar informações importantes e seguras.

Os desafios enfrentados destacam a necessidade de melhores instalações de treinamento. Os exercícios militares devem incluir situações em que a comunicação em terra seja impossível. Também é fundamental investir em tecnologia de comunicação mais avançada para navios. A experiência com contratos civis e a gestão de direitos de atracação mostra que futuras missões se beneficiariam de acordos bem estruturados e de boas relações com trabalhadores locais e portos.

Os frequentes danos ao píer causados pelos mares agitados demonstram que estudos ambientais detalhados são necessários antes de iniciar tais projetos. Conhecimentos locais, como estar ciente de um clube de surf, poderiam ter fornecido avisos antecipados sobre as condições do mar.

Pesquisas e planejamentos aprimorados antes do desdobramento podem minimizar esses problemas. Nas missões futuras, as forças armadas podem incorporar as lições aprendidas na operação em Gaza:

  • Cenários de treinamento mais realistas e desafiadores.
  • Sistemas de comunicação melhorados.
  • Contratos civis pré-organizados.
  • Avaliações ambientais abrangentes.

A missão não alcançou plenamente seus objetivos, mas trouxe lições valiosas. Essas lições ajudarão o Exército a estar melhor preparado para tarefas semelhantes em diferentes regiões. Os programas de treinamento agora provavelmente se concentrarão em lidar com desafios ambientais e logísticos inesperados, garantindo uma resposta mais eficaz em futuros esforços humanitários.

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