Eleições europeias: atualizações ao vivo e últimas notícias.
São PauloPartidos de extrema-direita ganharam muito espaço nas eleições do Parlamento Europeu. O Presidente francês, Emmanuel Macron, convocou eleições legislativas antecipadas porque seu partido foi derrotado de forma contundente pela extrema-direita Rassemblement National. Na Alemanha, o apoio aos Social-Democratas de centro-esquerda de Olaf Scholz caiu para cerca de 14%, colocando-os atrás do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que subiu para o segundo lugar.
Milhões de europeus votaram para eleger seus representantes no Parlamento Europeu para os próximos cinco anos. Os primeiros resultados mostraram que os Democratas Cristãos conquistaram 189 cadeiras (um aumento de 13), os Social-Democratas obtiveram 135 cadeiras (uma redução de 4) e o grupo pró-negócios Renew conseguiu 83 cadeiras (uma diminuição de 19). Os Verdes perderam 18 cadeiras, ficando com 53.
Pontos principais:
- Macron da França convoca eleições antecipadas após grande derrota.
- Meloni da Itália é fortalecida por votação da UE antes da cúpula do G7.
- Extrema-direita Alternativa para a Alemanha registra ganhos.
- Premiê centrista da Polônia, Tusk, é fortalecido pela vitória eleitoral na UE.
- Partido de Orbán ganha a maioria dos votos na Hungria, mas o desafiante conquista grande vitória.
- Bélgica enfrenta complexas negociações de coalizão após eleição federal.
- Partido de centro-direita da Bulgária lidera nas eleições nacionais e europeias.
O partido de extrema direita alemão AfD, que ficou em segundo lugar nas eleições para o Parlamento Europeu, está pedindo por uma nova eleição nacional. Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, afirmaram que muitas pessoas estão insatisfeitas com o governo atual. No entanto, o governo se recusou a realizar uma eleição antecipada, dizendo que a próxima votação ocorrerá conforme programado no próximo ano.
Weidel e Chrupalla afirmaram que obtiveram sucesso por compreenderem as preocupações dos eleitores em relação à migração, à guerra na Ucrânia e às regras climáticas. Apesar de o AfD ter conseguido mais votos, o partido não atingiu os números das pesquisas anteriores. A legenda enfrentou dificuldades devido a escândalos envolvendo seus principais candidatos.
Ursula von der Leyen conversará com socialistas e liberais no Parlamento Europeu enquanto busca um novo mandato como Presidenta da Comissão Europeia. Apesar de seu partido de centro-direita, o Partido Popular Europeu, ser o maior grupo no Parlamento, ele não possui maioria. Ela precisa do apoio tanto dos líderes nacionais quanto do Parlamento.
Von der Leyen destacou a importância de ter um forte apoio para uma Europa unida. Ela disse que os partidos centrais conseguiram manter sua posição na eleição e planeja entrar em contato primeiro com grupos socialistas e liberais. Ela não mencionou outros grupos que poderia contatar. Durante a campanha, alguns políticos de centro-esquerda a aconselharam a não buscar ajuda de grupos de extrema direita, incluindo o partido da Premier italiana Giorgia Meloni. Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã, afirmou que aqueles que perderam a eleição não deveriam estabelecer as regras.
Maximilian Krah, o principal candidato do partido AfD da Alemanha, não fará parte do novo grupo que irá ao Parlamento Europeu. Ele publicou nas redes sociais que os membros recém-eleitos do seu partido decidiram excluí-lo. Krah acredita que essa decisão passa uma impressão errada aos eleitores.
Krah foi proibido de fazer campanha devido a vários escândalos. Seus escritórios em Bruxelas foram vasculhados porque um assistente era suspeito de espionagem para a China. Parlamentares do AfD foram expulsos do grupo Identidade e Democracia após Krah fazer comentários controversos sobre a unidade SS nazista.
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