Egito reforma gabinete para combater crise econômica e protestos populares

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Alex Morales
- em
Edifício do Parlamento Egípcio com gráficos financeiros e engrenagens

São PauloEgito Forma Novo Gabinete em Resposta a Crise Econômica e Insatisfação Popular

Devido a problemas econômicos persistentes e à insatisfação pública, o Egito anunciou um novo gabinete. No início deste ano, o país implementou medidas para controlar a inflação e atrair investimentos estrangeiros, como permitir a livre negociação da libra egípcia e elevar significativamente a taxa de juros principal. Agora, um dólar americano vale mais de 47 libras, em comparação com cerca de 31 libras anteriormente.

Egito enfrenta desafios externos

O Egito está lidando com problemas provenientes de fora de suas fronteiras. Ataques dos Houthis do Iêmen a navios no Mar Vermelho têm reduzido a receita do Canal de Suez. O turismo também está prejudicado devido à instabilidade prolongada, à pandemia de COVID-19 e aos conflitos contínuos na Europa e no Oriente Médio.

O presidente el-Sissi nomeou novos líderes em várias posições ministeriais para enfrentar esses desafios.

  • Ahmed Kouchouk, ex-economista do Banco Mundial, substituiu Mohamed Maait como Ministro das Finanças. Kouchouk teve um papel importante em um programa de reformas anterior com o Fundo Monetário Internacional.
  • Sherif Fathy, ex-ministro da Aviação Civil, assumiu o cargo de Ministro do Turismo e Antiguidades de Ahmed Issa.
  • Mahmoud Esmat agora supervisionará o Ministério da Eletricidade, lidando com cortes frequentes de energia durante o calor do verão.
  • Badr Abdelatty, com experiência em relações diplomáticas europeias, substituiu Sameh Shoukry como Ministro das Relações Exteriores e Migração.
  • Gen. Abdel-Majeed Sakr assumiu o cargo de Ministro da Defesa de Gen. Mohamed Zaki.

O novo gabinete foi constituído três meses após o início do terceiro mandato do Presidente el-Sissi. Ele assumiu a presidência pela primeira vez em meados de 2014 e foi reeleito em 2018. Alterações na constituição em 2019 prolongaram seu segundo mandato por mais dois anos e permitiram que ele concorresse a um terceiro mandato de seis anos. O Presidente el-Sissi solicitou a Madbouly que formasse o novo governo no mês passado.

No palácio presidencial no Cairo, ministros, seus adjuntos e governadores provinciais prestaram juramento. A nova composição do gabinete inclui quatro mulheres e diversos especialistas.

Egito enfrenta múltiplos desafios simultaneamente. A alta inflação e os esforços para atrair investimento estrangeiro estão provocando mudanças nas políticas financeiras. Além disso, o país precisa estabilizar e expandir sua vital indústria do turismo, que tem sofrido devido a várias crises.

Egito enfrenta frequentes apagões que afetam mais de 106 milhões de pessoas. Mahmoud Esmat foi nomeado como novo Ministro da Eletricidade para solucionar esses problemas.

A política externa do Egito ganha destaque devido aos conflitos em Gaza, Líbia e Sudão. Badr Abdelatty, com vasta experiência como enviado a países europeus, está bem preparado para liderar os esforços diplomáticos internacionais do Egito.

Egito busca soluções para os desafios atuais. As autoridades estão confiando em novos talentos e especialistas experientes para gerir áreas cruciais. O objetivo dessas mudanças é estabilizar a economia e melhorar os serviços públicos, à medida que cresce a insatisfação da população.

Mundo: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário