Cortes de juros do Fed garantirão um pouso econômico suave?

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Por Ana Silva
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Prédio do Federal Reserve equilibrando-se em uma gangorra.

São PauloO Banco Central dos EUA planeja reduzir as taxas de juros, o que pode ter um grande impacto na economia americana. Normalmente, juros mais baixos significam empréstimos mais baratos para coisas como hipotecas, financiamentos de carros, cartões de crédito e empréstimos empresariais, facilitando o gasto de dinheiro por pessoas e empresas. No entanto, não sabemos exatamente o quanto ou a rapidez com que essas taxas vão cair, gerando dúvidas sobre se essa medida ajudará a controlar a inflação sem provocar uma recessão.

Pontos principais em análise:

  • A taxa de referência atual é de 5,3%, e há debates sobre se o corte na taxa deve ser de um quarto de ponto ou um mais agressivo meio ponto.
  • A orientação do escritório indica que cortes sucessivos nas taxas podem continuar até novembro, dezembro e possivelmente até 2025.
  • Persistem preocupações sobre a pontualidade e a robustez desses cortes para sustentar a economia ainda em crescimento, mas frágil.

Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, destacou o plano de reduzir as taxas de juros para ajudar o mercado de trabalho. As pessoas estão ansiosas por essa reunião, mas especialistas têm opiniões divergentes sobre o que vai acontecer. A taxa média de hipoteca de 30 anos caiu para 6,2%, a mais baixa em 18 meses, indicando que o mercado espera esses cortes nas taxas. Essa redução deve facilitar a gestão financeira dos consumidores e pode estimular mais gastos e investimentos.

Alguns economistas são favoráveis a uma redução de meio ponto percentual na taxa de juros, pois acreditam que isso já deveria ter ocorrido em julho. Wall Street concorda, com sinais do mercado indicando pelo menos mais dois cortes de meio ponto até o final do ano. No entanto, um corte significativo na taxa esta semana poderia sugerir que a economia está em uma situação pior do que imaginamos e criar expectativas elevadas por novos cortes que o Fed talvez não queira realizar.

Diane Swonk, economista-chefe da KPMG, acredita que o Fed deveria agir com mais rigor devido ao crescimento fraco do emprego e ao aumento do desemprego. A lentidão atual nas contratações é semelhante ao período pós-recessão de 2008, e uma taxa de desemprego de 4,2% indica fraqueza no mercado de trabalho.

Taxas de juros mais baixas beneficiam os consumidores ao permitir o refinanciamento de dívidas caras e incentivar os proprietários a vender, aliviando a escassez de moradias. Isso pode impulsionar a atividade econômica em áreas correlatas.

O sucesso do plano do Fed depende de um bom timing e uma compreensão clara da economia. Se realizado corretamente, cortes rápidos nas taxas de juros podem ajudar a impulsionar o crescimento econômico e aumentar as atividades de consumo e negócios, prevenindo uma grave recessão econômica. No entanto, o Fed deve ser cauteloso e assegurar que suas ações estejam precisamente alinhadas com a situação econômica, sem subestimar as pressões econômicas.

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