Interações de matéria escura resolvem problema do parsec final em fusões de buracos negros

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Por Ana Silva
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Fusão de buracos negros supermassivos com interações de matéria escura.

São PauloOs modelos tradicionais não previram isso. Eles acreditavam que a matéria escura era dispersa pela gravidade dos buracos negros supermassivos. No entanto, pesquisas recentes lideradas por Gonzalo Alonso-Álvarez e sua equipe mostram que as partículas de matéria escura podem interagir umas com as outras. Isso significa que a matéria escura permanece densa o suficiente para influenciar as trajetórias dos buracos negros supermassivos.

Principais descobertas da nova pesquisa incluem:

  • Partículas de matéria escura interagem entre si.
  • Essa interação impede a dispersão da matéria escura.
  • Uma densidade maior de matéria escura continua a degradar as órbitas dos buracos negros supermassivos (SMBHs).
  • Isso permite a fusão dos SMBHs.

Pesquisas indicam que a matéria escura desempenha um papel mais significativo no cosmos do que imaginávamos. As interações entre partículas de matéria escura podem explicar a forma dos halos de matéria escura ao redor das galáxias. De acordo com o modelo de Alonso-Álvarez e sua equipe, a matéria escura influencia a fusão de buracos negros supermassivos ao alterar a distribuição dessa matéria nas galáxias.

Os resultados práticos são notáveis. Ao estudar a fusão de buracos negros supermassivos, podemos aprender mais sobre a matéria escura. Isso pode nos ajudar a entender melhor o comportamento da matéria escura e a esclarecer debates sobre suas propriedades em pequena escala.

Estudos indicam padrão de ondas gravitacionais nos sinais de pulsares, diz professor

O professor James Cline afirmou que estudos com matrizes de cronometragem de pulsares sugerem esse padrão. Essas matrizes detectam ondas gravitacionais monitorando alterações nos sinais emitidos por pulsares. Se confirmado, isso apoiaria a teoria.

Buracos Negros Supermassivos e Ondas Gravitacionais: Novas Descobertas

A fusão de buracos negros supermassivos gera ondas gravitacionais de comprimentos maiores. Essas ondas são distintas daquelas que o LIGO detectou em 2015. Atualmente, as matrizes de sincronização de pulsares estão captando o ruído de fundo gerado por milhões dessas fusões de buracos negros. Isso confirma que nossa compreensão está correta.

A descoberta de que as interações da matéria escura podem resolver o problema do parsec final é notável. Ela estabelece uma nova conexão entre as fusões de buracos negros supermassivos e as ondas gravitacionais, proporcionando à astrofísica uma nova perspectiva. À medida que coletamos mais dados, podemos descobrir desenvolvimentos interessantes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevLett.133.021401

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Gonzalo Alonso-Álvarez, James M. Cline, Caitlyn Dewar. Self-Interacting Dark Matter Solves the Final Parsec Problem of Supermassive Black Hole Mergers. Physical Review Letters, 2024; 133 (2) DOI: 10.1103/PhysRevLett.133.021401
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