Escândalo de abuso revela falhas na proteção infantil na Malásia

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Por Alex Morales
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Um quarto de criança sombrio e vazio com brinquedos quebrados.

São PauloRelatos de abuso sexual e físico em lares islâmicos na Malásia revelam graves problemas no sistema de proteção infantil do país. Um grupo de 38 ativistas infantis, organizações de direitos humanos e assistentes sociais exige ações rápidas para melhorar a qualidade e a abrangência dos serviços de proteção à criança.

Chefe da polícia nacional, Razarudin Ismail, revelou detalhes perturbadores, incluindo casos de abuso sexual por parte de guardiões e abusos forçados entre crianças. As vítimas, com idades entre um e 17 anos, foram privadas de cuidados médicos e submetidas a punições físicas, como serem queimadas com colheres de metal quente. Essas crianças estão nesses lares desde bebês e foram ensinadas a serem leais ao grupo Global Ikhwan, que empregava seus pais.

Questões Críticas Levantadas por Este Escândalo:

Os principais problemas destacados por este escândalo incluem:

  • Abuso e exploração de crianças para obtenção de doações públicas.
  • Negligência infantil sistêmica e tráfico humano.
  • Falta de cuidados médicos e punições físicas.
  • Monitoramento e regulação inadequados de abrigos de bem-estar social.

A Comissão de Direitos Humanos da Malásia está preocupada com o fato de que esse claro abuso não tenha sido percebido por anos. Embora várias casas tenham sido administradas em Selangor, apenas duas estavam devidamente registradas como escolas islâmicas. Isso levanta dúvidas sobre a eficácia das inspeções. Além disso, a comissão teme que possa haver abusos não reportados em outras partes do país, já que a Global Ikhwan possui muitas localizações.

Malásia: Abusos em lares assistenciais podem passar despercebidos

Apesar de ser um país muçulmano moderado, a Malásia é cautelosa com ensinamentos islâmicos não aprovados. O governo acredita que essas doutrinas possam gerar problemas, especialmente porque dois terços de seus 34 milhões de habitantes são muçulmanos. Essa abordagem cuidadosa, mas lenta, pode ter permitido que práticas abusivas em lares assistenciais passassem despercebidas.

Precisamos de leis e regras mais eficazes para evitar esses eventos trágicos. Maior rigidez nas verificações, investigações minuciosas e mais treinamento para os profissionais de proteção infantil são medidas que podem ajudar. Além disso, é crucial fornecer meios seguros para que as crianças possam denunciar abusos e agir rapidamente sobre essas denúncias.

É crucial que as pessoas confiem nos serviços de proteção à criança, e essa confiança vem de ações claras e eficazes. O recente escândalo revelou que a Malásia precisa de um banco de dados centralizado para lares de acolhimento, inspeções regulares e cooperação entre diferentes agências. Resolver esses problemas ajudará a criar um ambiente mais seguro para as crianças mais vulneráveis do país.

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