Entendendo ações militares de Israel na Cisjordânia: Jenin e mais

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Por Alex Morales
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Veículos militares nas ruas da Cisjordânia com danos.

São PauloIsrael lançou grandes operações militares na Cisjordânia ocupada, especialmente em Jenin, Tulkarem e no campo de refugiados de Al-Faraa. Esse aumento de conflitos ocorreu após um ataque do Hamas vindo de Gaza em 7 de outubro, intensificando a violência na região. O governo israelense alega que as incursões visam impedir ataques planejados e desmantelar grupos militantes. No entanto, os palestinos acreditam que essas ações têm o objetivo de fortalecer o controle israelense sobre a área.

Principais elementos das incursões militares:

  • Mobilização de centenas de soldados israelenses
  • Uso de veículos blindados e tratores
  • Bloqueio de entradas e saídas das áreas alvo
  • Bombardeios aéreos em Jenin
  • Confrontos armados com militantes palestinos

As operações recentes no norte da Cisjordânia têm sido marcadas por confrontos intensos. As forças israelenses empregaram ataques aéreos, uma tática que raramente utilizavam até pouco tempo, refletindo um aumento na violência. As mortes de palestinos aumentaram, com mais de 650 pessoas mortas desde o reinício do conflito em Gaza. Entre essas vítimas estão militantes mortos em tiroteios, assim como civis e manifestantes que lançavam pedras.

O governo israelense se refere a essas operações como "aparar a grama", sugerindo que são temporárias. Funcionários israelenses, incluindo Michael Milshtein, alertam que, sem uma mudança significativa ou uma solução política, a violência continuará. Esse conflito contínuo gera dúvidas quanto ao propósito e sucesso dessas ações militares e mantém um clima de medo e hostilidade.

A situação geopolítica é complexa. Na Cisjordânia, vivem 3 milhões de palestinos sob controle militar e mais de 500 mil colonos judeus em mais de 100 assentamentos. Israel tomou posse de Jerusalém Oriental em 1967, mas essa ação não é reconhecida internacionalmente. Principais grupos de direitos humanos consideram essa ocupação e a construção de assentamentos como violação do direito internacional e acusam Israel de apartheid, acusação que Israel nega.

Oposição de Netanyahu à Criação do Estado Palestino Aumenta Tensão na Região

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é contra a criação de um estado palestino e pretende expandir o território israelense, dificultando ainda mais as negociações de paz. Enquanto isso, o Hamas incentiva protestos, alegando que estão lutando contra o controle israelense. A Autoridade Palestina enfrenta dificuldades para manter sua relevância e poder nesse conflito.

Os campos de refugiados em locais como Jenin e Tulkarem são hoje focos de militância devido à sua história. Esses campos foram estabelecidos após a Guerra Árabe-Israelense de 1948. As condições superlotadas, as dificuldades econômicas e a longa trajetória de violência transformaram esses locais em centros de atividades militantes.

A persistência da violência e a falta de uma solução política prática revelam graves dificuldades na busca pela paz duradoura. Ambos os lados continuam a sofrer, destacando a necessidade de novos esforços diplomáticos e planos minuciosos de resolução de conflitos.

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