ONU exige comida e água para presos em meio ao calor

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Por Ana Silva
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Celas de prisão com ventiladores, comida, garrafas de água visíveis.

São PauloEspecialistas da ONU pedem a Bahrein que garanta comida e água suficientes para os prisioneiros, especialmente porque as temperaturas de verão podem chegar a 50 graus Celsius. Relatos indicam que os detentos na prisão de Jaw, no Bahrein, enfrentam condições extremamente difíceis, como falta de atendimento médico, alimentação limitada, acesso restrito a água potável e até cortes no ar condicionado. Essa situação é particularmente preocupante devido ao clima quente da ilha.

Segundo especialistas da ONU, as condições atuais no presídio incluem:

  • Acesso inadequado a cuidados médicos
  • Falta de abastecimento regular de água potável
  • Fornecimento de alimentos insuficiente e irregular
  • Ar-condicionado cortado em meio ao calor extremo
  • Comunicação restrita com familiares
  • Movimentação dos presos limitada

Essas preocupações não são novas. Ativistas já alertaram anteriormente sobre as condições severas na prisão de Jaw, incluindo abuso físico e confinamento solitário injusto. O relatório do Departamento de Estado dos EUA de 2023 sobre o Bahrein destacou esses problemas, afirmando que existem condições ameaçadoras à vida. Um surto de tuberculose em junho de 2022 reforça essas alegações, embora o governo tenha negado posteriormente.

O Bahrein abriga a 5ª Frota da Marinha dos EUA, o que dificulta que outros países pressionem por mudanças. Desde os protestos da Primavera Árabe há dez anos, o Bahrein tem sido rigoroso com aqueles que discordam do governo. Muitos ativistas xiitas foram presos, perderam sua cidadania ou foram forçados a deixar o país.

O governo afirma que suas instalações seguem padrões rigorosos e que quaisquer alegações negativas são falsas. No entanto, organizações como a ONU e grupos de direitos humanos relatam problemas contínuos que contradizem essa visão.

Bahrein tenta melhorar sua imagem internacional ao fazer as pazes com Israel e receber o Papa Francisco em 2022. No entanto, esses esforços contrastam fortemente com os graves problemas de direitos humanos e as condições cada vez piores nas prisões do país.

A comunidade internacional precisa lidar com essas diferentes situações. É necessário pressionar o Bahrein a realizar mudanças concretas e garantir que todos os presos sejam tratados de forma justa. A forma como o Bahrein reagir mostrará se está disposto a seguir as normas globais de direitos humanos, o que pode influenciar suas relações com outros países. Se o Bahrein não se ajustar, poderá enfrentar críticas e um possível isolamento político.

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