Sudão do Sul: país não está pronto para primeira eleição em dezembro

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Ana Silva
- em
Estação de votação com urnas e bandeira do Sudão do Sul.

São PauloO enviado das Nações Unidas ao Sudão do Sul está preocupado que o país não esteja preparado para suas primeiras eleições desde a independência, programadas para dezembro. Em dezembro passado, o enviado destacou ações importantes para garantir eleições justas e pacíficas. Em abril, muitas dessas ações ainda não haviam sido implementadas, e nada mudou desde então.

A Comissão Eleitoral do Sudão do Sul começou a verificar a infraestrutura e já registrou 29 partidos políticos, mas ainda enfrenta grandes desafios. A missão de paz da ONU está ajudando para viabilizar as eleições, mas isso pode não ser suficiente. Alguns dos principais problemas são:

  • O recém-aprovado projeto de lei pelo parlamento do Sudão do Sul concede ao Serviço Nacional de Segurança o poder de prender sem mandado.
  • Uma perspectiva humanitária e econômica em deterioração, agravada por múltiplas crises.
  • Um aumento alarmante na insegurança alimentar aguda, afetando 76% da população.

Críticos afirmam que a lei de segurança contraria o conceito de um ambiente político aberto e livre, essencial para uma sociedade democrática. Eles acreditam que a legislação não está em conformidade com a Constituição transitória do Sudão do Sul e com as obrigações de direitos humanos. A esperança é que o presidente devolva o projeto ao Parlamento para corrigir essas falhas, demonstrando apoio ao debate político aberto e às eleições justas.

Situação econômica do país piora com queda do valor da moeda

A situação econômica do país está se deteriorando. Um rompimento em um oleoduto reduziu as exportações de petróleo, causando a desvalorização da libra sul-sudanesa e a rápida alta nos preços. Isso tornou os bens básicos inacessíveis para muitas pessoas, agravando a crise humanitária.

Insegurança alimentar ameaça milhões

A insegurança alimentar é um problema grave. Mais de 9 milhões de pessoas, ou 76% da população, necessitam de ajuda humanitária. A situação está se agravando devido a inundações repetidas e ao conflito no Sudão vizinho. Especialistas alertam que algumas áreas podem enfrentar fome até meados de 2024.

O Sudão do Sul enfrenta problemas legislativos, colapso econômico e grave escassez de alimentos, tornando difícil a realização de eleições justas. Sem melhorias significativas em breve, o país pode mergulhar no caos político e em uma crise humanitária. Este momento delicado exige apoio internacional imediato para guiar o Sudão do Sul rumo à estabilidade e à democracia.

Mundo: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário