TotalEnergies prevê fraqueza contínua na refinação e menor produção

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Por Bia Chacu
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Refinaria de petróleo com chaminés sob céu nublado.

A indústria petrolífera está enfrentando dificuldades, e a TotalEnergies passou por um período de três meses desafiador segundo o WSJ.

A TotalEnergies está enfrentando dificuldades em suas atividades de refino e produção. A empresa francesa de energia espera que seus lucros com o refino de petróleo diminuam. Essa situação ocorre devido à previsão de queda na produção de hidrocarbonetos. Esses problemas são parte de uma tendência mais ampla de redução na demanda por produtos de petróleo refinado. Outras grandes empresas de energia, como a Shell e a BP, também alertaram sobre a diminuição dos lucros com o refino. Os problemas atuais na indústria são causados por diversos motivos.

Preocupações com uma desaceleração econômica global, aliadas à demanda persistentemente baixa por diesel na Europa, estão no centro das discussões. Além disso, a Agência Internacional de Energia (IEA) revisou para baixo suas previsões de crescimento da demanda por petróleo. As interrupções no fornecimento russo também estão contribuindo para a normalização do mercado.

A TotalEnergies está enfrentando dificuldades em sua divisão de processamento de petróleo devido aos baixos lucros. A margem de refino da empresa na Europa caiu para $15,4 por tonelada no terceiro trimestre, em comparação com $44,9 por tonelada anteriormente e muito abaixo de $100,6 por tonelada no mesmo período do ano passado. Em relatórios anteriores, a TotalEnergies anunciou uma receita operacional líquida ajustada de $1,0 bilhão no segundo trimestre, uma queda de 30% em relação ao ano passado. Especialistas do Barclays destacaram que o refino é um ponto fraco significativo para as empresas de petróleo no momento.

A produção de petróleo é influenciada pela demanda global de petróleo e por situações políticas em diferentes países.

A incerteza econômica na China é uma preocupação significativa, pois impacta a demanda por combustível no maior importador de petróleo bruto do mundo. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revisou sua previsão de demanda para baixo, aumentando essas preocupações. Em outras partes do mundo, a instabilidade política no norte da África cria problemas adicionais. Empresas como a TotalEnergies e a austríaca OMV enfrentam interrupções na Líbia. Esses desafios demonstram os complexos fatores globais que afetam a produção de petróleo.

A TotalEnergies está enfrentando alguns problemas. Houve paralisações inesperadas em seu projeto de gás natural liquefeito Ichthys na Austrália. Além disso, a produção na Líbia está sendo impactada por questões de segurança. Por outro lado, o Projeto Mero 2 no Brasil está aumentando sua produção. No geral, esses fatores resultaram em uma média de produção de petróleo e gás da empresa de 2,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia no terceiro trimestre.

Os preços do petróleo estão variando, o que está influenciando os mercados financeiros.

Os mercados financeiros estão enfrentando desafios. As ações da TotalEnergies caíram cerca de 4,5% durante o pregão do meio-dia devido à queda nos preços do petróleo. Alguns relatórios indicam que Israel pretende evitar atacar instalações petrolíferas iranianas, o que afeta as opiniões do mercado. Além disso, a BP alertou que pode perder entre US$ 400 milhões e US$ 600 milhões devido à redução dos lucros da refinaria. A Shell também espera que seus resultados financeiros continuem sob pressão pelos mesmos motivos.

A TotalEnergies está otimista em relação às suas operações combinadas. Eles preveem que seu projeto de gás natural liquefeito gerará mais de US$ 1 bilhão. Isso ocorre após terem relatado um lucro operacional líquido ajustado de US$ 1,2 bilhão no segundo trimestre. Os resultados de sua divisão de energia devem ser semelhantes aos dos trimestres anteriores. Apesar das dificuldades em outras áreas, essas partes de seus negócios podem proporcionar estabilidade financeira.

A TotalEnergies e empresas semelhantes enfrentam um mercado desafiador, com expectativas de redução na refinação e produção de hidrocarbonetos. Elas estão lidando com problemas decorrentes de fatores econômicos em mudança e tensões políticas. Apesar dessas dificuldades, podem melhorar sua situação através da melhoria das operações integradas e ajustes em suas estratégias para se adequarem ao cenário global de energia em evolução. Isso demonstra a complexa relação entre as perturbações locais, mudanças no mercado global e as respostas das empresas.

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