Ruto prevê impactos graves após falha em resolver a dívida pública

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Por João Silva
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Bandeira do Quênia com corrente quebrada e símbolo de dívida.

São PauloO presidente do Quênia, William Ruto, está enfrentando duras críticas devido aos seus recentes planos para gerenciar uma dívida pública de 80 bilhões de dólares que não tiveram sucesso. Esta dívida corresponde a cerca de 70% do PIB do Quênia, o nível mais alto em 20 anos. Os esforços de Ruto para lidar com a dívida são extremamente impopulares, resultando em um intenso escrutínio público e econômico.

Principais Pontos:

  • Total da Dívida: R$ 80 bilhões.
  • Dívida como % do PIB: 70%.
  • Tempo de Mandato do Presidente: 2 anos.
  • Crescimento Econômico em 2023: 5,6%.

Ruto quer aumentar os impostos para pagar a dívida do Quênia em vez de contrair mais empréstimos. Ele acredita que o país deve arrecadar mais receitas e buscar ser autossuficiente, sem depender de dívidas externas. No entanto, a população não aprovou essa ideia. Muitos quenianos estão descontentes com o aumento dos impostos e a alta nos preços dos produtos básicos. Houve até protestos no Parlamento por causa dessa questão.

Muitas pessoas estão insatisfeitas com o comitê de finanças do parlamento. O economista Mbui Wagacha afirma que o comitê não está desempenhando bem seu papel. Ele sugere a criação de um órgão profissional para orçamento e gestão, similar ao Office of Management and Budget dos EUA. Wagacha acredita que o Parlamento não está cumprindo seu dever de administrar as finanças públicas e está, ao invés disso, cuidando dos próprios interesses.

Muitos especialistas acreditam que um aumento nos empréstimos poderia ser prejudicial para o Quênia. Wagacha sugere utilizar a diplomacia para atrair investimentos e reestruturar a dívida atual, buscando que alguns credores perdoem parte dela. Ken Gichinga, outro economista, concorda, afirmando que mais empréstimos governamentais prejudicariam a economia. Ele observa que as empresas já estão passando por dificuldades devido à COVID-19 e à guerra na Ucrânia.

Tomar mais empréstimos eleva as taxas de juros. Quando as taxas de juros estão altas, as empresas diminuem suas atividades porque fica mais caro pagar os empréstimos. Isso afeta negativamente a economia. Por isso, especialistas recomendam evitar o aumento das dívidas.

O governo de Ruto enfrenta uma situação complicada. Eles precisam encontrar uma forma de pagar a dívida sem desagradar a população ou prejudicar ainda mais a economia. Apesar do crescimento econômico de 5,6% em 2023, manter esse ritmo será difícil devido aos problemas financeiros atuais.

Ruto enfrenta mais desafios devido à sua proposta de aumento de impostos, que gerou muita discordância. Poucos dias após afirmar que não sancionaria o projeto de lei financeiro que antes apoiava, Ruto declarou que havia tentado reduzir a dívida do Quênia, mas alertou que isso poderia resultar em graves problemas.

A maioria dos quenianos está insatisfeita com as políticas fiscais atuais, enfrentando custos mais altos e resistindo ao aumento de impostos. Isso dificulta a gestão financeira pelo governo.

O desafio do Quênia: quitar a dívida sem prejudicar a economia

O Quênia precisa encontrar uma forma de pagar sua dívida sem comprometer sua economia. Aumentar impostos pode gerar receita, mas desagrada a população e pode desacelerar os negócios. Pedir mais empréstimos também é arriscado, pois isso pode aumentar as taxas de juros e retardar o crescimento econômico.

Esta questão destaca a necessidade urgente de mudanças profundas nos gastos e na gestão governamental. A criação de uma equipe dedicada ao orçamento e à administração pode ajudar a manter as finanças mais organizadas. Atração de investimentos estrangeiros por meio de diplomacia inteligente pode fornecer os fundos necessários.

A administração de Ruto enfrenta grandes desafios pela frente. Qualquer erro poderá causar sérios problemas econômicos e sociais. A maneira como o governo lida com essa situação determinará a condição financeira e a estabilidade política do Quênia no futuro.

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