Protestos no segundo dia: repressão letal e crise econômica na Nigéria

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Por Alex Morales
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"Pneus queimando e ruas cheias de fumaça durante protesto."

São PauloForças de segurança matam nove em meio a protestos econômicos na Nigéria

As forças de segurança mataram nove pessoas durante os protestos econômicos na Nigéria, que entraram no segundo dia consecutivo. A polícia nigeriana informou a prisão de mais de 400 manifestantes até sexta-feira. Toques de recolher foram estabelecidos em cinco estados do norte devido aos saques de propriedades públicas e governamentais. No entanto, algumas pessoas ignoraram os toques de recolher, resultando em mais prisões e confrontos.

Isa Sanusi, diretor da Anistia Internacional na Nigéria, confirmou as mortes após consultar testemunhas, famílias e advogados. O chefe da polícia nacional, Kayode Egbetokun, afirmou que a polícia está em alerta máximo e pode solicitar auxílio das forças armadas.

As manifestações foram desencadeadas por uma série de questões:

  • Escassez de alimentos
  • Acusações de má administração
  • Corrupção

Nigéria e suas Grandes Disparidades Econômicas

A Nigéria apresenta grandes diferenças de riqueza. Funcionários públicos recebem salários altíssimos, enquanto muitas pessoas vivem na pobreza. Mesmo sendo um dos maiores produtores de petróleo da África, o país enfrenta altos custos de vida. A inflação está no nível mais alto em 28 anos e as ações do governo desvalorizaram a moeda local.

A maioria dos manifestantes é jovem e carregava cartazes, sinos, galhos e a bandeira nacional. Eles exigem que o governo retome os subsídios de gás e eletricidade, interrompidos devido a mudanças econômicas. Eventos violentos e saques ocorreram principalmente nos estados do norte, como Kaduna e Katsina, que enfrentam severa fome e insegurança.

Chefe de polícia Egbetokun afirmou que os oficiais desejavam manter a paz, mas também observou sinais de tumultos e saques em vez de protestos pacíficos. Grupos de direitos humanos e ativistas não concordam com essa declaração. A pesquisadora da Human Rights Watch, Anietie Ewang, afirmou que a resposta policial foi excessivamente severa.

As pessoas temem que esses protestos possam piorar, como os violentos atos ocorridos na Nigéria em 2020 ou as manifestações caóticas recentes no Quênia devido ao aumento de impostos. Alguns protestos realmente se tornaram violentos, mas Ewang afirmou que, na maioria das vezes, a polícia não precisou responder de forma tão agressiva.

Os problemas econômicos da Nigéria são muito graves. Os preços subiram bastante, tornando difícil para muitas pessoas comprarem itens básicos. A remoção de subsídios para gás e eletricidade piorou a situação para a população. O governo precisa resolver estas questões para evitar mais agitação social.

Compreender a situação geral é crucial. A Nigéria enfrenta problemas de má governança e corrupção há muito tempo, o que resultou em uma falta de confiança pública. Esses protestos indicam uma profunda frustração popular. As pessoas percebem uma grande disparidade entre a riqueza dos funcionários públicos e as dificuldades que enfrentam em sua própria vida.

A situação na Nigéria está muito tensa. Problemas econômicos estão gerando protestos. As forças de segurança têm sido criticadas por grupos de direitos humanos pela maneira como estão lidando com essas manifestações. Há um receio de que a situação possa piorar.

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