Orbán assume presidência da UE em meio a desafios críticos
São PauloPrimeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, assumirá a presidência da UE nos próximos seis meses. A presidência é rotativa entre os países membros e permite que eles definam as prioridades para a Europa. No entanto, o governo de Orbán frequentemente critica a UE, levantando dúvidas sobre a capacidade da Hungria de liderar de forma eficaz.
Apesar dessas preocupações, o poder do presidente é limitado. Dorka Takácsy, pesquisadora do Centro de Integração e Democracia Euro-Atlântica, acredita que a Hungria não terá muitas oportunidades para atrapalhar os objetivos da UE. A agenda inclui um longo recesso de verão e um período para a formação de um novo Parlamento Europeu e comissão.
Pontos-chave a serem observados:
- A presidência da Hungria é curta e coincide com um período de transição na UE.
- As decisões políticas mais importantes estão sendo tomadas antes da Hungria assumir.
- Orbán se opôs à adesão da Ucrânia à UE, mas o processo já foi iniciado.
Líderes em Bruxelas estão correndo para tomar decisões importantes antes do fim do mandato da Bélgica. Recentemente, a UE iniciou conversações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia. Orbán ameaçou bloquear a candidatura da Ucrânia e atrasou os esforços da UE para financiar o país. No entanto, Takácsy acredita que a Hungria agora só pode atrasar ainda mais as ações sobre a adesão da Ucrânia à UE.
Em maio, o parlamento da UE solicitou a remoção da presidência da Hungria devido a preocupações com sua democracia. Acreditam que o país pode não estar apto a assumir as responsabilidades. A Comissão Europeia interrompeu o envio de bilhões de euros à Hungria há dois anos por causa de dúvidas sobre suas práticas democráticas.
Alguns representantes húngaros afirmaram que pretendem oferecer ajuda. O ministro húngaro para assuntos da União Europeia, János Bóka, falou aos jornalistas sobre seus planos.
20 de novembro de 2024 · 10:43
Ford corta 4.000 empregos na Europa em meio a desafios econômicos
O Programa de Sete Pontos da Presidência Húngara
A Hungria definiu um programa de sete pontos para sua presidência. Os principais enfoques incluem:
- Expansão da UE nos Balcãs Ocidentais, abrangendo Sérvia, Macedônia do Norte, Montenegro e Albânia.
- Reforço das fronteiras externas da União Europeia.
- Intensificação das ações contra a imigração ilegal.
- Enfrentamento de desafios demográficos, como o envelhecimento da população europeia.
Essas prioridades revelam que Orbán é contra a imigração e apoia os valores familiares. No entanto, ele frequentemente compara estar na UE ao regime soviético. Isso dificulta a reconciliação com parceiros da União Europeia.
Takácsy mencionou que o governo de Orbán frequentemente critica Bruxelas, o que complica sua posição durante a presidência. “Durante esses seis meses, é difícil explicar que basicamente somos o Bruxelas que a Hungria está enfrentando," disse Takácsy.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, aconselhou Orbán que ser presidente não significa controlar a Europa, mas sim encontrar um ponto de equilíbrio.
14 de novembro de 2024 · 06:06
Estudo revela: florestas antigas da Europa eram dinâmicas, com carvalhos, avelãs e teixos abundantes
28 de outubro de 2024 · 11:26
Visita surpresa de Orbán à Geórgia abala laços na UE
28 de outubro de 2024 · 02:46
Fósseis revelam mudanças nos ecossistemas no sul da Europa em períodos glaciais e interglaciais.
Compartilhar este artigo