Estudo inédito: reduzir inflamação não basta para diminuir fibrose hepática em MAFLD

São PauloCientistas da UCLA Health descobriram algo importante sobre cicatrizes hepáticas na doença hepática gordurosa associada ao metabolismo (DHG-M). A DHG-M afeta até 40% dos adultos nos EUA e é uma das doenças mais comuns no mundo. Antes, acreditava-se que a inflamação do fígado era uma das principais causas de cicatrizes hepáticas. No entanto, novas pesquisas mostram que reduzir a inflamação pode não afetar as cicatrizes.

Estudo revela o papel do LBP nas células hepáticas

A pesquisa mostrou que a proteína de ligação de lipopolissacarídeos (LBP) influencia as células do fígado. Camundongos sem LBP apresentaram menos inflamação no fígado, mas tiveram a mesma quantidade de fibrose. Dados genéticos e exames em tecido humano indicaram que LBP não altera os marcadores de tecido cicatricial.

Um estudo liderado pelo Dr. Tamer Sallam, publicado no Journal of Clinical Investigation, investigou uma proteína chamada LBP, que faz parte da resposta imunológica. Os pesquisadores examinaram camundongos que não possuíam essa proteína e descobriram que esses camundongos apresentaram menos inflamação no fígado e uma melhor função hepática. No entanto, os níveis de fibrose permaneceram inalterados. Isso indica que a redução da inflamação por si só pode não ser suficiente para controlar a fibrose hepática.

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Estudo Revela Papel da Fibrose na Doença Hepática

O estudo questiona a crença de que reduzir a inflamação é essencial para tratar a DHGNA. Ele sugere novas opções de tratamento. O Dr. Sallam destacou a necessidade de considerar outros fatores que afetam a inflamação e a fibrose. Ele afirmou que reduzir cicatrizes no fígado é um objetivo importante no tratamento de doenças hepáticas graves. A pesquisa indica que os tratamentos devem mirar diferentes vias para abordar a fibrose com mais eficácia.

Este estudo é crucial para o tratamento de doenças hepáticas. Ele revela que precisamos explorar novas maneiras de reduzir a inflamação. Ao analisar diferentes causas de danos ao fígado, podemos descobrir tratamentos mais eficazes. Esses resultados têm o potencial de transformar a abordagem terapêutica em casos de MAFLD e doenças hepáticas crônicas.

Esta pesquisa destaca a complexidade da fibrose hepática, revelando que não se trata apenas de controlar a inflamação. Precisamos entender todos os mecanismos envolvidos. Estudos futuros podem encontrar tratamentos melhores e melhorar o atendimento aos pacientes. Este estudo aprimora nosso conhecimento sobre a fibrose hepática e sua ligação com a inflamação, possivelmente levando a novas formas de tratar doenças hepáticas.