Estudo revela novas áreas protegidas por meio de inovador método de rastreamento de conservação

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Por Chi Silva
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"Ecosistemas diversificados com zonas protegidas não identificadas destacadas."

São PauloCientistas de diversas partes do mundo descobriram que é possível conservar mais áreas do que imaginávamos. Pesquisadores da UC Santa Barbara e da The Nature Conservancy desenvolveram um novo método para monitorar áreas de conservação global. Utilizando informações e conhecimentos locais, eles obtiveram uma compreensão mais detalhada. Suas descobertas foram publicadas na revista One Earth.

Os pesquisadores aplicaram seu método em nove países da Floresta Amazônica.

  • Bolívia
  • Brasil
  • Colômbia
  • Equador
  • Guiana Francesa
  • Guiana
  • Peru
  • Suriname
  • Venezuela

Eles descobriram mais áreas de conservação com maior cobertura do que os sistemas de monitoramento atuais mostram. Esse novo método identificou vários tipos de governança de conservação que abrangeram mais de 40% das terras nesses países. Registros oficiais da mesma época estimavam apenas 28% de cobertura.

Os sistemas de monitoramento atuais frequentemente ignoram várias formas de governança baseada em áreas. Eles não levam em conta recursos gerenciados pela comunidade, pagamentos por serviços ecossistêmicos ou áreas eco-certificadas. Isso ocorre geralmente devido a dados inadequados ou uma dependência excessiva de relatórios governamentais.

O novo método utiliza informações de diversas fontes, como artigos científicos, documentos legais e conhecimentos locais de comunidades indígenas. Os pesquisadores acreditam que isso ajudará a definir o que deve ser incluído nas metas nacionais de conservação.

O objetivo é proteger 30% das terras e oceanos do planeta até 2030. Essa meta faz parte do Acordo Kunming-Montreal, estabelecido em 2022 durante a Convenção sobre Diversidade Biológica. Acompanhar o andamento desses esforços é fundamental para alcançar esse objetivo.

A equipe acredita que reconhecer diferentes áreas de conservação é crucial para planejar um futuro justo e sustentável. Muitas dessas áreas ajudam a proteger a biodiversidade, mas não estão listadas em registros oficiais. Isso ocorre porque o processo oficial tem requisitos específicos de relatório e objetivos diferentes.

Cerca de 45% das terras mundiais são geridas e protegidas por povos indígenas e comunidades locais. Pelo menos 220.000 quilômetros quadrados de florestas são destinados à conservação por programas de eco-certificação. Além disso, aproximadamente 150.000 quilômetros quadrados de terras são utilizados para projetos de compensação de biodiversidade.

O inventário detalha diversos tipos de conservação baseada em área e oferece orientações para pesquisadores, governos, organizações não governamentais e doadores utilizarem em seus planejamentos e tomadas de decisão.

Começar com informações precisas ajuda a definir onde criar novas áreas de conservação e como priorizar recursos. Os dados desse novo inventário permitem que pesquisadores avaliem a eficácia de diferentes sistemas de governança.

Muitos mais lugares estão contribuindo para a conservação do que imaginamos. Esse novo método busca garantir que todos os esforços sejam devidamente contabilizados. É uma medida para ajudar a alcançar a meta de proteger 30% da superfície da Terra até 2030.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.oneear.2024.03.005

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Siyu Qin, Yifan He, Rachel E. Golden Kroner, Sushma Shrestha, Bruno Henriques Coutinho, Marion Karmann, Juan Carlos Ledezma, Christian Martinez, Vilisa Morón-Zambrano, Roberto Ulloa, Edgard Yerena, Curtis Bernard, Joseph W. Bull, Eddy Mendoza, Nyls de Pracontal, Katie Reytar, Peter Veit, Erik Olsson, Clara L. Matallana-Tobón, Liz Alden Wily, Michael B. Mascia. An inclusive, empirically grounded inventory facilitates recognition of diverse area-based conservation of nature. One Earth, 2024; DOI: 10.1016/j.oneear.2024.03.005
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