Nova esperança contra a demência no Parkinson: proteína reduz inflamação e protege funções cognitivas.

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Por João Silva
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Cérebro com moléculas de proteína brilhantes ilustrando a melhora.

São PauloPesquisadores da University of Arizona Health Sciences descobriram uma nova abordagem para tratar problemas de memória e cognição no Parkinson. Eles estão estudando a PNA5, uma pequena proteína que pode ajudar a proteger células cerebrais e abordar especificamente questões cognitivas. Esta descoberta pode beneficiar não apenas pessoas com Parkinson, mas também abrir caminho para novos tratamentos de outras formas de demência, como o Alzheimer.

Descobertas importantes da pesquisa incluem:

  • O PNA5 auxilia na redução da inflamação cerebral.
  • Esta proteína oferece proteção aos neurônios, o que pode retardar o declínio cognitivo.
  • Ela regula a atividade das microglias, que são as células imunológicas do cérebro.
  • Pode melhorar a saúde das células cerebrais e evitar a morte celular.

PNA5 destaca-se pela sua capacidade de penetrar no cérebro com mais facilidade. Foi desenvolvido pela modificação de um composto químico natural do organismo, garantindo sua permanência prolongada no cérebro. Isso é crucial, pois ultrapassar a barreira hematoencefálica representa um grande desafio no tratamento de doenças neurodegenerativas.

Pesquisas indicam que a inflamação tem um papel significativo em doenças neurodegenerativas como o Parkinson. Quando as microglia, um tipo de célula cerebral, ficam hiperativas, elas podem prejudicar o tecido cerebral ao redor. O PNA5 ajuda a reduzir essa inflamação, o que pode proteger áreas do cérebro responsáveis pela memória e aprendizado. Isso é crucial para o tratamento do Parkinson, pois oferece benefícios além dos problemas de movimento que os medicamentos atuais abordam.

Pesquisas sobre o PNA5 ainda estão em andamento, mas a equipe espera que ele possa melhorar os tratamentos atuais para Parkinson no futuro. O plano é usar uma combinação de medicamentos que visem diferentes sintomas e estágios da doença. Eles pretendem desenvolver um tratamento que aborde tanto os problemas de movimento quanto os desafios cognitivos causados pelo Parkinson.

A equipe de pesquisa está empenhada em aperfeiçoar as dosagens e entender como o PNA5 atua em homens e mulheres. Compreender esses detalhes é crucial para avançar dos testes em animais para os testes em humanos. Com o apoio de organizações renomadas, este estudo destaca o grande potencial do PNA5 como um novo método de tratamento.

Pesquisadores estão otimistas com esses resultados. Se futuros estudos os confirmarem, o PNA5 poderá se tornar uma importante estratégia para combater o declínio cognitivo em pacientes com doença de Parkinson e potencialmente outras condições semelhantes.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1016/j.expneurol.2024.114926

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Kelsey Bernard, Jesus A. Mota, Paige Wene, Mandi J. Corenblum, Juben L. Saez, Mitchell J. Bartlett, M. Leandro Heien, Kristian P. Doyle, Robin Polt, Meredith Hay, Lalitha Madhavan, Torsten Falk. The angiotensin (1–7) glycopeptide PNA5 improves cognition in a chronic progressive mouse model of Parkinson's disease through modulation of neuroinflammation. Experimental Neurology, 2024; 381: 114926 DOI: 10.1016/j.expneurol.2024.114926
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