Líder militar de Myanmar visita a China para fortalecer aliança estratégica
São PauloLíder Militar de Mianmar Visita China para Participar de Reuniões Regionais
Min Aung Hlaing, chefe do governo militar de Mianmar, visitará a cidade de Kunming, na China, por dois dias para participar de importantes encontros regionais. Ele estará presente nas reuniões do Sub-região do Grande Mekong, Estrutura de Cooperação Econômica Ayeyawady-Chao Phraya-Mekong e Cooperação Camboja-Laos-Mianmar-Vietnã. Além disso, durante sua visita, Hlaing se reunirá com autoridades chinesas para discutir o fortalecimento das relações em diversas áreas.
A continuidade da ligação da China com o governo militar de Mianmar ressalta os importantes objetivos e motivações de Pequim para se envolver. Veja por que essa conexão é relevante:
- Apoio Militar: A China é uma das principais fornecedoras de armas para Mianmar, auxiliando o exército em sua luta contra forças de resistência.
- Investimentos Econômicos: Os investimentos chineses incluem grandes projetos nos setores de mineração, petróleo e gás em Mianmar.
- Influência Regional: Esta visita destaca o papel da China como um importante ator regional, mantendo relações até com regimes controversos.
China é um dos poucos países que mantêm contato aberto com os líderes militares de Myanmar. Min Aung Hlaing, que já visitou a Rússia várias vezes e participou de uma cúpula da ASEAN, vê a China como um parceiro crucial. Esse relacionamento é essencial, pois seu governo enfrenta vários desafios tanto internamente quanto internacionalmente.
O Governo de Unidade Nacional (NUG) de Mianmar, composto por líderes eleitos que defendem a democracia, está preocupado com as ações da China em relação ao regime militar de Mianmar. Se a China demonstrar qualquer apoio ao governo de Min Aung Hlaing, isso pode desagradar o povo de Mianmar, que busca paz e progresso. Mesmo assim, o NUG toma cuidado para não irritar demasiado a China, reconhecendo seu papel influente na região.
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As ações da China e a visita revelam uma abordagem cuidadosa. A China deseja promover a paz na região, mas também está atenta aos seus interesses nos recursos e na localização de Mianmar. No momento, a China busca ser tanto amiga quanto uma parte neutra, mantendo sua influência durante os desafios que Mianmar enfrenta.
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