Estruturas químicas inovadoras de titânio aumentam a eficiência na captura de carbono

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Por João Silva
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Moléculas absorvendo carbono em um cenário de laboratório futurista.

São PauloPesquisadores da Universidade Estadual de Oregon desenvolveram novas estruturas químicas capazes de capturar uma grande quantidade de dióxido de carbono do ar. Esta descoberta representa um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas. O estudo, liderado por May Nyman e Karlie Bach, investiga o uso de peróxidos de titânio para melhorar a captura de carbono, oferecendo uma nova opção em comparação com estudos anteriores que se concentraram em peróxidos de vanádio.

Tecnologias de Captura Direta de Carbono: Inovação com Compostos à Base de Titânio

As tecnologias de captura direta de carbono (DAC) são ainda recentes, e esta pesquisa contribui para desenvolver métodos eficazes e acessíveis. Pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon descobriram vários benefícios importantes ao usar compostos à base de titânio.

Titânio: Uma Escolha Inteligente e Sustentável

  • Custo-benefício: O titânio é 100 vezes mais econômico do que o vanádio.
  • Disponibilidade: O titânio é encontrado com mais facilidade na natureza.
  • Sustentabilidade ambiental: O titânio é atóxico e seguro para aplicações industriais.

Titânio é uma excelente opção para aprimorar as tecnologias de captura de carbono. Estruturas recém-descobertas de tetraperoxo titanato são especialmente promissoras, pois reagem de forma eficaz e conseguem capturar grandes quantidades de dióxido de carbono. Em especial, o tetraperoxo titanato de potássio capturou o dobro de dióxido de carbono em comparação com o peróxido de vanádio, destacando-se como um composto significativo neste estudo.

Este estudo é relevante porque demonstra que metais como o titânio podem ser utilizados para criar sistemas de grande escala para capturar carbono do ar. O titânio é leve, não tóxico e resiste à corrosão, o que o torna útil para diversas indústrias. Seu uso pode ajudar essas indústrias a serem mais sustentáveis e reduzir sua dependência de combustíveis fósseis, contribuindo assim para a diminuição das emissões de carbono.

Captura de Ar Direto (DAC) enfrenta desafios de uso intenso de energia e altos custos. Contudo, pesquisas indicam a possibilidade de empregar materiais comuns e baratos para torná-la mais eficiente. Com o mundo empenhado em atenuar os efeitos das mudanças climáticas, inovações nesse campo são vitais. Ao aprofundar o conhecimento sobre metais de transição, os cientistas estão desenvolvendo maneiras mais eficazes de combater essas mudanças.

Este estudo representa um avanço na tecnologia de captura de carbono. A equipe da Universidade Estadual do Oregon estabeleceu uma base para estudos adicionais sobre o uso dessas estruturas químicas complexas para ajudar a reduzir os níveis de dióxido de carbono na atmosfera.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1021/acs.chemmater.4c01795

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Karlie Bach, Eduard Garrido Ribó, Jacob S. Hirschi, Zhiwei Mao, Makenzie T. Nord, Lev N. Zakharov, Konstantinos A. Goulas, Tim J. Zuehlsdorff, May Nyman. Tetraperoxotitanates for High-Capacity Direct Air Capture of Carbon Dioxide. Chemistry of Materials, 2024; DOI: 10.1021/acs.chemmater.4c01795
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