Luz infravermelha mostra potencial inovador no tratamento de lesões cerebrais traumáticas moderadas

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Por Ana Silva
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Feixes de luz infravermelha iluminando um modelo de cérebro humano.

São PauloPesquisadores da Universidade de Birmingham estão desenvolvendo uma nova abordagem para tratar lesões cerebrais traumáticas leves usando terapia com luz infravermelha próxima. Este tratamento consiste em direcionar luz através do crânio para auxiliar na recuperação do cérebro. Estudos recentes indicam que esse tipo de luz pode se tornar uma nova opção para tratar essas lesões, que atualmente têm poucas terapias disponíveis.

A terapia com luz infravermelha próxima visa reduzir a inflamação que agrava as lesões cerebrais. Em casos de lesão cerebral traumática leve (LCT leve), essa inflamação intensifica o trauma inicial na cabeça, resultando em piores resultados. As principais descobertas da pesquisa incluem:

Método de Aplicação: Luz infravermelha aplicada por um laser durante dois minutos diariamente. Duração: Tratamento realizado por três dias consecutivos após a lesão. Comprimentos de Onda Estudados: 660nm e 810nm, com 810nm apresentando os melhores resultados.

Um estudo revelou que a utilização de luz infravermelha próxima pode diminuir a atividade de certas células cerebrais, como astrócitos e células da micróglia, que geralmente contribuem para a inflamação no cérebro após uma lesão. Além disso, o estudo observou menos sinais de morte celular, sugerindo que esta terapia de luz pode ajudar a proteger as células cerebrais de danos.

Tradicionalmente, os tratamentos para lesão cerebral traumática leve (LCT leve) concentram-se no alívio dos sintomas, em vez de corrigir os problemas subjacentes. Este novo método visa abordar as principais causas do dano para ajudar a melhorar o raciocínio e o funcionamento diário. Ao reduzir as respostas inflamatórias nocivas no cérebro, a terapia com luz infravermelha pode melhorar significativamente os resultados de recuperação dos pacientes.

Este tratamento pode também ser benéfico para outras lesões nos nervos. Estudos anteriores demonstraram que o uso de luz infravermelha auxilia no crescimento e sobrevivência das células nervosas quando aplicado em lesões na medula espinhal. Isso indica que a técnica poderia ser aplicada a diversos tipos de danos nos nervos.

O próximo passo é levar essa terapia do campo da pesquisa para o uso prático. Os pesquisadores estão em busca de parceiros comerciais para desenvolver um dispositivo médico fácil de usar. Esse dispositivo pode melhorar significativamente a recuperação de pacientes com lesões cerebrais e na medula espinhal. O objetivo principal é aprimorar os resultados clínicos ao combinar terapia avançada com luz com os tratamentos médicos existentes.

À medida que essa tecnologia avança, ela pode transformar a forma como os médicos lidam com lesões cerebrais. O tratamento com luz infravermelha, que é não invasivo e apresenta bons resultados, se destaca como uma nova e promissora técnica para tratar distúrbios cerebrais. Isso traz esperança para melhores resultados na recuperação.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1002/btm2.10727

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Andrew R. Stevens, Mohammed Hadis, Abhinav Thareja, Freya G. Anderson, Michael R. Milward, Valentina Di Pietro, Antonio Belli, William Palin, David J. Davies, Zubair Ahmed. Photobiomodulation improves functional recovery after mild traumatic brain injury. Bioengineering & Translational Medicine, 2024; DOI: 10.1002/btm2.10727
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