Crise humanitária no Congo agrava emergência global de saúde do mpox

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Ana Silva
- em
Campo de refugiados superlotado com tendas médicas improvisadas.

São PauloNa República Democrática do Congo, uma grave crise está provocando um novo surto de mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos). Este ano, o país registrou mais de 17,000 casos e cerca de 500 mortes, principalmente na região leste afetada pela guerra. Devido aos conflitos contínuos e ao deslocamento generalizado, muitas pessoas no Congo desconhecem a doença ou o quão perigosa ela é.

Questões Centrais Agravam a Crise no Congo:

  • Deslocamento causado por conflitos: Milhões de pessoas são forçadas a viver em campos superlotados com infraestrutura de saúde mínima.
  • Falta de conscientização: Muitas pessoas em comunidades vulneráveis desconhecem a mpox e seus sintomas.
  • Infraestrutura de saúde deficiente: Instalações para testagem e tratamento de mpox são extremamente limitadas.
  • Negligência global: Apesar dos alertas iniciais, as respostas globais e a distribuição de vacinas foram lentas e insuficientes.

A instabilidade na região leste facilitou a disseminação da mpox. Os lotados campos de refugiados ao redor de Goma, repletos de pessoas devido ao conflito contínuo, são áreas ideais para a transmissão da doença entre indivíduos. A escassez de recursos médicos aumenta o risco de um surto passar despercebido e sem controle. Os administradores dos campos têm observado sintomas, mas não possuem meios para um diagnóstico adequado.

O sistema de saúde da Congo enfrenta dificuldades. A testagem para a varíola dos macacos é rara, e não há campanhas significativas de saúde para educar a população deslocada. Isso significa que muitos casos podem não ser registrados ou tratados.

A resposta global tem sido lenta, apesar dos pedidos para fornecer vacinas e tratamentos à África. A Organização Mundial da Saúde declarou emergência de saúde, mas já era tarde demais para o Congo, onde mpox é um problema desde 2017. Países ricos controlaram rapidamente seus surtos utilizando recursos disponíveis, deixando o Congo sem suprimentos médicos suficientes.

A situação no Congo destaca uma grande desigualdade no acesso aos serviços de saúde em comparação com outras crises globais de saúde. Apesar da existência de vacinas, testes e tratamentos eficazes, eles são majoritariamente direcionados para países mais ricos. Isso evidencia a necessidade de um esforço global não só para atender às necessidades médicas imediatas, mas também para corrigir os problemas sociais e econômicos que agravam a crise.

Guerra, pobreza e cuidados de saúde precários em regiões isoladas como o Congo podem transformar problemas de saúde locais em ameaças globais. O mundo precisa agir, oferecendo ajuda médica e solucionando as causas fundamentais dessa crise.

Mundo: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário