Justiça travada no Líbano: quatro anos da explosão em Beirute

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Por Chi Silva
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Ruínas do porto de Beirute com nuvens escuras e ameaçadoras no céu.

São PauloQuatro anos após a explosão no porto de Beirute, a investigação ainda não avançou. A explosão abalou o Líbano, e a investigação do juiz Tarek Bitar afetou a elite dirigente. Corrupção e má gestão são comuns. Desde o início, altos funcionários têm bloqueado a investigação para evitar serem responsabilizados.

Pontos principais:

  • Anos de impedimentos enfraqueceram as esperanças por justiça.
  • O juiz Tarek Bitar é o segundo investigador do caso.
  • Bitar indiciou mais de uma dúzia de altos funcionários.
  • Figuras de alto escalão se recusaram a prestar depoimento.
  • Grupos de direitos humanos acusam a liderança do Líbano de bloquear a investigação.

Investigações de Bitar Enfrentam Obstáculos em 2023

A investigação de Bitar encontrou vários obstáculos. Em 2023, o Chefe do Ministério Público, Ghassan Oweidat, libertou 17 detidos, uma decisão controversa que, segundo Bitar e críticos, foi ilegal. Grupos de direitos humanos também condenaram a libertação. Mandados de prisão para dois ex-ministros, Youssef Fenianos e Ali Hassan Khalil, foram suspensos, adiando ainda mais o caso. A Anistia Internacional criticou isso como prejudicial à justiça.

Nizar Nammour, da Legal Agenda, afirma que os líderes no Líbano temem enfrentar a justiça. Bitar está tentando responsabilizar os oficiais de maneira inédita, gerando resistência de alguns setores. Diversos grupos de direitos humanos alegam que os líderes libaneses estão bloqueando a investigação e abusando dos procedimentos legais. Esse bloqueio está incomodando aqueles que buscam justiça.

Cada vez mais pessoas desejam que as Nações Unidas ajudem Bitar na investigação. Elas acreditam que isso manterá o processo em andamento. Os países ocidentais, especialmente aqueles com cidadãos entre as vítimas, estão descontentes com as autoridades libanesas. Um diplomata ocidental afirmou que não há vontade política para dar continuidade à investigação.

Mirna Habboush sobreviveu à explosão, mas perdeu a visão de um olho e sofreu ferimentos graves. Ela exige uma investigação clara, pois acredita que as autoridades estão tentando fazer a população esquecer o ocorrido. Mirna está cética de que a justiça seja feita, considerando a atual situação política.

A explosão em Beirute causou graves danos no Líbano. A investigação ainda não avança, revelando o desafio contra líderes corruptos. Com o aumento das tensões regionais, a população continua a exigir justiça. Vítimas, suas famílias, grupos de direitos humanos e apoiadores internacionais pressionam por responsabilização.

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