Bolsonaro acusado de esconder diamantes e vender relógios de luxo

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Por Chi Silva
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Relógios de joias com diamantes em fundo escuro com luzes.

São PauloA polícia brasileira acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ocultar joias de diamantes avaliadas em $3 milhões. Este caso é apenas uma das várias investigações em andamento contra ele.

  • Bolsonaro declarou inocência através de seus advogados.
  • Ele é acusado de incitar um levante em 8 de janeiro de 2023.
  • A polícia também afirma que ele vendeu dois relógios de luxo sem declará-los.

Em agosto, a polícia informou que Bolsonaro obteve quase R$ 350 mil com a venda de dois relógios que ganhou da Arábia Saudita. A lei brasileira exige a declaração de itens com valor acima de US$ 1.000 trazidos por via aérea, e valores superiores são taxados em 50%. Presentes de governos estrangeiros ao Brasil são isentos, mas essa isenção não se aplica quando Bolsonaro os mantém para si.

Uma investigação revelou que Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, vendeu um Rolex e um relógio Patek Philippe nos EUA por $68.000. Cid posteriormente confessou a venda dos relógios em um acordo judicial. Ele também é acusado de falsificar seus registros de COVID-19.

Flávio Bolsonaro, filho mais velho de Bolsonaro e senador, se manifestou no X afirmando que as acusações contra seu pai são injustas e têm o objetivo de prejudicá-lo.

Além de Bolsonaro, outras dez pessoas foram acusadas. Entre elas estão Cid e os advogados de Bolsonaro, Frederick Wassef e Fábio Wajngarten. Wassef afirmou não ter tido acesso ao relatório final da investigação e criticou o compartilhamento seletivo de informações com a mídia. Wajngarten também negou qualquer envolvimento, destacando que a Polícia Federal não encontrou provas contra ele.

Bolsonaro ainda possui muitos seguidores. Em fevereiro, cerca de 185.000 pessoas protestaram em São Paulo contra o que Bolsonaro considera um tratamento injusto a ele. Os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovam as investigações sobre Bolsonaro. Alguns até defendem a prisão do ex-presidente.

Psicóloga comenta sobre acusação de Bolsonaro

A psicóloga Deborah Santos opinou sobre a notícia da acusação. Para ela, isso desafia as alegações dos apoiadores de Bolsonaro de que ele é honesto e os outros não. Santos afirmou que a acusação da polícia contra Bolsonaro por roubo de diamantes deveria ser suficiente para destruir sua carreira política.

O ex-presidente está impedido de concorrer às eleições até 2030. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu no ano passado que Bolsonaro abusou de seu poder durante a campanha de reeleição de 2022, utilizando funcionários do governo, a TV estatal e o Palácio do Planalto para afirmar a embaixadores estrangeiros que o sistema de votação era injusto.

Bolsonaro se reunirá com o presidente argentino, Javier Milei, neste fim de semana. Eles participarão de uma conferência conservadora em Balneário Camboriú, no sul do Brasil.

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