Avanço na replicação do DNA em embriões revela erros cromossômicos iniciais

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Por Alex Morales
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Células embrionárias com erros de replicação cromossômica destacados.

São PauloCientistas do Centro de Dinâmica de Biossistemas da RIKEN, no Japão, descobriram novas informações sobre a replicação do DNA em embriões iniciais que contradizem crenças anteriores. Eles encontraram que, ao contrário do que se pensava, a replicação do DNA em embriões iniciais não é um processo simples. Ichiro Hiratani e sua equipe revelaram que embriões em fases iniciais passam por uma fase de instabilidade genômica, o que aumenta as chances de erros durante a cópia dos cromossomos.

Principais Descobertas do Estudo:

  • Embriões iniciais replicam o DNA de maneira uniforme, em vez de sequencial.
  • A velocidade das forquilhas de replicação do DNA varia consideravelmente entre os estágios.
  • Erros cromossômicos ocorrem com maior frequência durante a fase de 4 células do desenvolvimento.

Estudos anteriores apontavam que a replicação do DNA seguia uma ordem específica. No entanto, pesquisas recentes revelam que, em embriões com 1 ou 2 células, a duplicação do DNA ocorre de maneira uniforme. Já no estágio de 4 células, essa replicação uniforme se transforma em um processo sequencial. O processo de duplicação do DNA é mais lento nessas fases iniciais, o que pode resultar em mais erros.

Novo Entendimento da Replicação do DNA Embrionário Pode Prevenir Anomalias Cromossômicas

O novo entendimento sobre a replicação do DNA embrionário é crucial. A transição entre os estágios de 4 células e 8 células é um período de vulnerabilidade. Erros cromossômicos nessa fase podem levar a condições como a Síndrome de Down ou resultar em gravidez malsucedida. Utilizando sua técnica de genômica de célula única chamada scRepli-seq, os pesquisadores descobriram que 13% das células apresentavam anomalias cromossômicas nesse estágio, indicando que a velocidade da replicação do DNA é fundamental.

Essas descobertas podem aprimorar a fertilização in vitro (FIV) ao ajudar a reduzir problemas cromossômicos. Ao observar atentamente e intervir no momento crucial, os médicos podem diminuir as chances de aborto e problemas de desenvolvimento.

Ainda precisamos descobrir se esses achados se aplicam a embriões humanos. Caso apresentem os mesmos padrões e fragilidades no processo de cópia de DNA, o estudo pode trazer grandes avanços na medicina reprodutiva. Estudos futuros podem investigar maneiras de fortalecer o processo de cópia de DNA ou torná-lo mais rápido para evitar erros.

Essa descoberta levanta novas questões sobre o destino das células com essas anomalias cromossômicas. Será que essas células se autorreparam, ou são eliminadas durante o desenvolvimento do embrião? Entender como esses processos funcionam pode abrir caminho para novas formas de proteger a saúde e a viabilidade dos embriões.

Este estudo revela a complexidade do desenvolvimento embrionário inicial e abre caminho para pesquisas que visam melhorar o sucesso reprodutivo.

O estudo é publicado aqui:

http://dx.doi.org/10.1038/s41586-024-07841-y

e sua citação oficial - incluindo autores e revista - é

Saori Takahashi, Hirohisa Kyogoku, Takuya Hayakawa, Hisashi Miura, Asami Oji, Yoshiko Kondo, Shin-ichiro Takebayashi, Tomoya S. Kitajima, Ichiro Hiratani. Embryonic genome instability upon DNA replication timing program emergence. Nature, 2024; DOI: 10.1038/s41586-024-07841-y
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