Conflitos na coalizão na África do Sul são gerenciáveis, afirma líder do DA

Tempo de leitura: 2 minutos
Por Bia Chacu
- em
Símbolos de coalizão com ícones de crescimento econômico e emprego

São PauloJohn Steenhuisen, líder da Aliança Democrática (DA), afirmou que os desacordos sobre políticas no novo governo de coalizão da África do Sul não representam um grande problema. Falando na Cidade do Cabo, Steenhuisen declarou que divergências políticas são normais e não ameaçam a sobrevivência do governo. A coalizão foi formada depois que o ANC perdeu sua maioria no parlamento pela primeira vez desde o fim do apartheid em 1994. Agora, o ANC trabalha com o DA e oito partidos menores para se manter no poder.

O governo de coalizão da África do Sul precisa enfrentar o grave problema do desemprego, que está em níveis alarmantes de 32%, uma das piores taxas do mundo fora de uma zona de guerra. O país tem vivido um crescimento econômico lento nos últimos dez anos, evidenciando a urgência de mudanças. Steenhuisen, o novo ministro da agricultura, destacou que o DA está comprometido em impulsionar a economia e gerar empregos, afirmando que esses são os principais objetivos do partido no governo.

Os conflitos são gerados por uma proposta de lei educacional que o DA desaprova, uma lei nacional de saúde que centraliza as compras de saúde no governo, e os desafios legais enfrentados pelo DA contra essas leis.

Steenhuisen alertou que o presidente Cyril Ramaphosa, líder do ANC, provavelmente sancionará o polêmico projeto de lei de educação, levando o DA a tomar medidas legais. Esse projeto é um ponto de discórdia entre os parceiros da coalizão. Também há divergências sobre a lei nacional de saúde, com críticos afirmando que pode prejudicar a saúde privada ao invés de melhorar os serviços públicos. O DA está decidido a lutar contra essa legislação também.

John Steenhuisen afirmou que, apesar das diferenças, o ANC e o DA concordam em diversas políticas. Essas políticas estão principalmente focadas nas mudanças econômicas necessárias para melhorar a fraca economia da África do Sul. O país teve um crescimento do PIB muito baixo, apenas 1,9% em 2022 e 0,6% no ano passado. Steenhuisen destacou que o DA apoiará o ANC na implementação de fortes reformas econômicas para criar empregos e reduzir a pobreza.

O governo de coalizão representa uma mudança significativa na política da África do Sul, marcando a primeira grande ruptura com o controle do ANC desde o fim do apartheid. Embora sejam esperados desentendimentos sobre políticas em tais coalizões, elas também proporcionam oportunidades para discussões aprofundadas e mudanças. Esse novo cenário político oferece uma chance de enfrentar diretamente os graves problemas econômicos e sociais do país. O DA e o ANC concordam em algumas reformas econômicas importantes, indicando que, apesar das divergências políticas, a coalizão é estável por enquanto.

Mundo: Últimas notícias
Leia mais:

Compartilhar este artigo

Comentários (0)

Publicar um comentário