Congresso colombiano avalia proibir venda de produtos de Escobar

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Por João Silva
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Câmara do Congresso com a bandeira da Colômbia e mercadorias de Escobar.

São PauloCongresso Colombiano pode proibir venda de souvenirs de Pablo Escobar

O congresso da Colômbia pode proibir a venda de lembranças de Pablo Escobar. A intenção é acabar com a lucratividade em torno de uma figura ligada a um período violento da história do país. A proposta tem gerado grande repercussão na mídia local. Há opiniões divergentes: muitos acreditam que Escobar foi um assassino e não deve ser exaltado, enquanto alguns vendedores e turistas lucram bastante com a venda desses itens.

Vendedores do distrito de La Candelaria, em Bogotá, se opuseram à nova regra. Alegam que ela limita sua liberdade de expressão. Rafael Nieto, um vendedor ambulante, classificou a regra como "idiota". Ele vende ímãs e camisetas com estampas de Escobar e deixaria de vendê-los se a regra for aprovada, para evitar problemas com a polícia. Nieto pede ao Congresso que se concentre na redução da criminalidade.

Destaques da situação incluem:

  • Oposição dos vendedores ambulantes
  • Demanda turística por produtos de Escobar
  • Medidas governamentais para investigar o valor de mercado
  • Rejeição internacional às marcas Escobar

Muitos turistas da América do Norte, Europa e América Latina compram lembranças relacionadas a Escobar. Lorena, outra vendedora, oferece itens como copos de dose e ímãs com a imagem de Escobar. Ela diz que os turistas frequentemente pedem por esses produtos. Vender produtos populares é uma estratégia básica de negócios, ela explica. A imagem de Escobar está presente em muitos itens, atraindo aqueles interessados em seu passado infame.

Pablo Escobar foi responsável por milhares de assassinatos nas décadas de 1980 e início de 1990. Líder do Cartel de Medellín, acumulou uma imensa riqueza. Sua trajetória de vida foi retratada em diversos meios de comunicação, tornando-o famoso mundialmente. Programas de TV, como uma novela colombiana e uma série da Netflix, ajudaram a consolidar sua imagem de criminoso astuto.

No ano passado, a Colômbia recusou um pedido da viúva e dos filhos de Pablo Escobar para usar seu nome em produtos educacionais e de lazer. A decisão afirmou que o uso do nome Pablo Escobar perturbaria a ordem pública. Da mesma forma, o Tribunal Geral da União Europeia também negou um pedido semelhante, argumentando que seria contra a ordem pública e a moralidade.

Os debates sobre essa lei revelam uma profunda divisão na sociedade colombiana: preservar as liberdades empresariais ou evitar a glorificação de comportamentos criminosos.

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