Embaixada do Afeganistão em Omã reabre sob a liderança do Talibã

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Por Alex Morales
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Bandeira afegã tremulando sobre o prédio da embaixada em Omã.

São PauloEmbaixada do Afeganistão em Omã reabre sob o comando do Talibã

A embaixada do Afeganistão em Omã foi reaberta, conforme anunciado pelo Talibã. Os atuais líderes afegãos estão buscando consolidar e fortalecer relações diplomáticas, apesar das questões internacionais que ainda cercam seu governo.

Mawlavi Rahmatullah Takal, encarregado de negócios da embaixada do Afeganistão em Mascate, está otimista quanto à reabertura da embaixada. Ele afirmou que a cooperação com o país anfitrião contribuirá para fortalecer os laços políticos, econômicos, sociais e religiosos entre Cabul e Mascate.

Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão: Atualizações Diplomáticas

  • 39 missões diplomáticas estão agora sob controle do Talibã
  • No mês passado, o Primeiro-Ministro do Uzbequistão, Abdulla Aripov, fez a visita mais importante desde a tomada do poder pelo Talibã
  • Houve fechamentos diplomáticos em locais significativos como Londres e Oslo, enquanto outras embaixadas continuam operacionais

O Talibã está se dedicando cuidadosamente a fortalecer suas relações internacionais para alcançar seus objetivos maiores. Eles buscam estabelecer conexões sólidas com importantes países vizinhos. Diferente dos governos afegãos anteriores, que dependiam principalmente do apoio de nações ocidentais como os Estados Unidos, o Talibã agora foca em formar laços firmes com países próximos e influentes jogadores regionais. Essa estratégia pode abrir novas oportunidades econômicas para o Talibã e ajudá-los a obter reconhecimento político.

O papel de Omã é significativo neste cenário diplomático. Omã tem se mantido neutro em uma região dividida, sendo conhecido por sua mediação entre Arábia Saudita e Irã. Isso torna Omã um parceiro ideal para o Talibã, que parece buscar colaboração com países mediadores de conflitos. A maioria dos habitantes de Omã segue o Islã Ibadi, diferente do Sunita e Xiita, e é reconhecido por sua maior inclusão. Essa diversidade pode facilitar a convivência do Talibã com diferentes grupos muçulmanos, fazendo de Omã um parceiro estratégico para eles.

Países ao redor do mundo discordam sobre como lidar com o Talibã. Nações ocidentais geralmente se recusam a reconhecê-los oficialmente e impõem sanções. No entanto, países vizinhos, focados em necessidades práticas e benefícios econômicos, estão mais dispostos a colaborar com o novo governo afegão.

A reabertura da embaixada no Omã demonstra a estratégia do Talibã de usar a diplomacia regional para evitar o isolamento ocidental. Isso pode trazer estabilidade a curto prazo e acesso aos mercados regionais e investimentos. No entanto, não há garantias de sucesso a longo prazo. Com o Afeganistão sob o domínio do Talibã, a comunidade internacional acompanhará esses desdobramentos de perto.

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