Talibãs impõem controle rígido e silêncio sobre mulheres no Afeganistão

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Por João Silva
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Rua deserta com manequins velados nas vitrines

São PauloO Talibã implementou regras rígidas que impactam a vida cotidiana das mulheres afegãs e de toda a sociedade. Essas normas conferem ao Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício o poder de controlar comportamentos pessoais e punir cidadãos, desde advertências até prisões, por supostas infrações. Esse controle eliminou muitos dos direitos e liberdades que as mulheres afegãs haviam conquistado nos últimos 20 anos.

As novas regras são direcionadas principalmente às mulheres, impondo códigos de vestimenta rigorosos e restrições severas sobre seu comportamento em público. Entre as normas estão:

  • Obrigatoriedade de cobrir o corpo em público o tempo todo
  • Essencial cobrir o rosto para evitar tentação e tentar outros
  • Proibição de roupas finas, apertadas ou curtas
  • Exigência para mulheres se cobrirem diante de homens e mulheres não muçulmanos
  • Proibição de vozes femininas em espaços públicos, incluindo canto, recitação ou leitura em voz alta
  • Proibição de mulheres olharem homens com quem não têm relação sanguínea ou legalmente matrimonial, e vice-versa

Estas leis impedem as pessoas de compartilharem fotos de outras, enfraquecendo ainda mais a mídia. A música é proibida, mulheres solteiras têm dificuldade para viajar, e homens e mulheres não relacionados não podem ficar juntos. Além disso, as leis exigem que passageiros e motoristas rezem em horários determinados.

O controle do Ministério sobre a sociedade preocupa afegãos, especialmente mulheres e meninas

O Ministério impõe a lei islâmica incentivando a oração, o uso de hijab e o cumprimento dos cinco pilares do Islã. Além disso, proíbe ações consideradas ilícitas pela lei islâmica, gerando medo e estresse. Um recente relatório da ONU destacou que o Ministério está se envolvendo mais em áreas como monitoramento da mídia e combate ao vício em drogas. Esse aumento no controle preocupa muitos afegãos, especialmente mulheres e meninas.

O Talibã nega o relatório da ONU e mantém essas regras severas. Essas leis colocam em risco os avanços na igualdade de gênero e nos direitos humanos no Afeganistão. Elas enfraquecem a capacidade das mulheres de participar da vida pública, silenciando-as e tornando-as menos visíveis. O foco em regras religiosas rigorosas e na imposição moral representa um retrocesso, retirando as liberdades que muitos afegãos lutaram arduamente para conquistar.

Essas leis têm grandes impactos no Afeganistão, afetando as liberdades pessoais e a economia. A capacidade das mulheres de trabalhar, estudar e falar publicamente é reduzida, fazendo com que a sociedade retroceda. Com a atenção do mundo voltada para o país, parece improvável que as afegãs recuperem seus direitos sob o duro regime Talibã.

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