Grupos de direitos pedem para Tailândia não extraditar ativista vietnamita.

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Por Ana Silva
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Segurança de ativista vietnamita na Tailândia sob ameaça

São PauloBdap, um defensor dos direitos humanos de 32 anos, deixou o Vietnã em 2018 e foi para a Tailândia. Ele trabalha para proteger a liberdade religiosa e os direitos das pessoas, denunciando abusos de direitos humanos no Vietnã. Grupos de direitos humanos agora pedem que a Tailândia não o envie de volta ao Vietnã, pois acreditam que ele estará em sério perigo se retornar.

Liana Bianchi afirmou que é obrigação dos países garantir a segurança das pessoas, incluindo refugiados e solicitantes de asilo, além de outros que possam enfrentar perigo se forem deportados. A embaixada vietnamita na Tailândia não atendeu às ligações.

O Vietnã tem sido criticado pela forma como trata a minoria Montagnard. Estes são grupos étnicos principalmente cristãos que vivem nas terras altas centrais do Vietnã e áreas próximas do Camboja. Segundo a Human Rights Watch, autoridades vietnamitas intimidam, prendem sem motivos e maltratam os Montagnards. Muitos destes indivíduos têm tentado encontrar segurança no Camboja e na Tailândia.

Bryony Lau, diretora adjunta da Human Rights Watch na Ásia, afirmou que Y Quynh Bdap enfrentaria perigo se fosse enviado de volta ao Vietnã. Ela pediu às autoridades tailandesas que libertassem imediatamente este destacado defensor da liberdade religiosa e dos refugiados. Enviá-lo de volta ao Vietnã violaria tanto as leis tailandesas quanto as internacionais.

A Tailândia tem sido criticada por devolver dissidentes aos seus países de origem. Grupos de direitos humanos afirmam que a Tailândia envia pessoas de volta para lugares como Camboja, Vietnã, Laos e China, onde sua segurança está em risco. Isso é chamado de repressão transnacional. Recentemente, a Tailândia concordou com a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra Desaparecimentos Forçados, mas não está claro se a situação de Bdap será abrangida por este acordo.

Kannavee, um crítico dessas práticas, explicou: “A cooperação entre estados na localização de grupos opositores perseguidos é uma situação preocupante para os direitos humanos.” Ele mencionou exemplos:

  • Ativistas tailandeses aparecendo mortos no Laos
  • Grupos de oposição cambojanos sendo detidos na Tailândia

Ele enfatizou: “Isso está acontecendo em toda parte. A repressão transnacional realmente ocorre, e a troca desses dissidentes acontece regularmente, seja em segredo ou abertamente diante do público.”

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