Líder mexicano admite papel militar em mortes de civis na fronteira

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Por Chi Silva
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Paisagem de cidade fronteiriça com veículos militares e destroços.

São PauloPresidente do México admite envolvimento militar em mortes de civis

O presidente do México reconheceu que as forças militares participaram das mortes de três civis em Nuevo Laredo, uma cidade famosa pela violência dos cartéis. O incidente ocorreu durante um confronto entre militares e suspeitos criminosos, destacando os problemas contínuos que o governo mexicano enfrenta em áreas dominadas por grupos criminosos. Nuevo Laredo é um ponto crucial onde o Cartel do Nordeste, originado da antiga gangue Zetas, resiste fortemente à presença militar.

Eventos recentes geraram muita preocupação.

Famílias pegas no fogo cruzado durante operações militares, tiroteios realizados por militares gerando vítimas civis e acusações de violações dos direitos humanos contra as forças armadas e a Guarda Nacional.

Ações militares em regiões como Nuevo Laredo e Tapachula, perto da fronteira com a Guatemala, frequentemente recebem críticas devido ao impacto negativo sobre civis. Um tiroteio recente em Tapachula, direcionado a um caminhão que transportava migrantes, exemplifica os complexos problemas relacionados a operações militares em áreas de alta criminalidade. Este ataque resultou na morte de seis migrantes, incluindo uma menina, ressaltando as condições perigosas tanto para migrantes quanto para moradores locais.

Aumenta o Poder Militar na Segurança Pública com Criação da Guarda Nacional

O ex-presidente Andrés Manuel López Obrador ampliou a atuação das forças armadas na segurança pública ao criar a Guarda Nacional. Essa iniciativa gerou polêmica, pois críticos argumentam que confunde as funções do exército e da polícia convencional. As forças armadas frequentemente enfrentam dificuldades nessa área, já que não são devidamente treinadas para atuar no policiamento cotidiano.

Muitas pessoas estão preocupadas com a falta de responsabilidade e supervisão adequada das forças armadas. Ativistas como Raymundo Ramos acreditam que os militares frequentemente agem de forma independente e evitam o controle e a revisão civis. Essa percepção aumenta a desconfiança entre os cidadãos e grupos de direitos humanos, dificultando o restabelecimento da paz e segurança.

Militar analista Juan Ibarrola esclarece que esses acontecimentos são frequentes devido à difícil situação enfrentada pelos soldados, e não por falta de disciplina. Ele afirma que os militares lidam com muito estresse e perigo crescente causado por grupos do crime organizado.

México enfrenta sérios problemas de segurança devido à utilização das forças armadas em funções policiais. Isso frequentemente resulta em confrontos entre soldados e grupos criminosos, o que pode colocar em risco a segurança dos cidadãos. Tais situações podem prejudicar a confiança pública e fazer com que as comunidades se sintam menos seguras. A forma como o governo mexicano lidará com esses problemas provavelmente determinará o papel futuro dos militares na aplicação da lei.

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